quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Após fiasco no Mundial, Inter-RS lança programa baseado em "choque de gestão"

O Internacional começa a pôr em prática um ajuste administrativo e financeiro inspirado no "choque de gestão" produzido pelo INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial), dirigido por Vicente Falconi, mas que tem por trás o peso pesado empresarial Jorge Gerdau Johannpeter. A fórmula se baseia em controle rígido de gastos em todos os departamentos do clube (principalmente no futebol), a implantação de um sistema de metas e avaliação de resultados. A gestão do novo presidente do time colorado, Giovanni Luigi, contratou por dois anos o economista gaúcho Aod Cunha, de 42 anos, auditor de carreira da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul, para a recém-criada função de vice-presidente executivo. Aod Cunha pediu licença para tratamento de interesse na Secretaria da Fazenda para assumir este contrato privado com o Internacional. A função, exaltada pela direção colorada como primeiro CEO (designação para executivo-chefe em corporações) de um clube de futebol no País, nasceu com superpoderes. As decisões de Aod Cunha abrangerão as áreas de finanças, marketing, administração e patrimônio do Inter. O objetivo básico, segundo ele, é reduzir a distância entre o orçamento (uma peça que costuma ser fictícia) do movimento efetivo do caixa, e zerar o déficit do Inter. A outra frente da profissionalização da gestão do Inter é o aumento da receita. O plano da direção é seguir o exemplo de clubes europeus e "internacionalizar" o clube. Na prática, isso significa promover ações de marketing no Exterior e ganhar torcedores que consumam produtos com a marca Inter no Oriente Médio ou China. Aod Cunha afirma que as mudanças da gestão do clube são uma tendência no País por causa do aumento da renda do torcedor brasileiro. "O mercado vai profissionalizar na marra a gestão dos grandes clubes. Quem fizer isso antes sai na frente. Times como Corinthians ou Flamengo, se bem administrados, vão rivalizar com Manchester, com Barcelona. É só ver o tamanho das suas torcidas ponderadas pela renda per capita média desses mercados e isso inevitavelmente acontecerá", aposta. Uma das guinadas ocorrerá na área de aquisições de jogadores. Ao contrário dos últimos anos, quando foi às compras, a direção colorada agora apostará em atletas da base. "Nossa questão é trabalhar com meta e disciplina orçamentária, mas eventualmente uma grande contratação que o clube possa planejar e fazer um plano de negócios", diz o neocartola funcionário público agora transformado em dirigente de clube de futebol. Segundo ele, a nova gestão vai se traduzir num clube que não precisará vender jogadores no afogadilho. Com mais dinheiro em caixa, diz, o time vai responder no campo. "Futebol é um business diferente porque envolve paixão. Tem paixão e é o futebol que conta, mas a paixão depende do futebol e o futebol, de recursos", declarou ele. Outro homem-forte do ajuste fiscal do Inter é Vicente Falconi, que vai assessorar a implementação de mudanças clube. Ele será responsável por mapear todos os processos internos do clube e propor sua racionalização. O INDG, empresa de Falconi, trabalha com grandes corporações (como Gerdau e Ambev). Em dezembro, o Inter perdeu para o africano Mazembe, em Abu Dhabi, no maior fiasco do futebol mundial, e nem sequer alcançou a decisão contra a Inter de Milão-ITA na luta pelo bicampeonato mundial.

Um comentário:

Anônimo disse...

Abu não deu bi, pq lá o bucaco foi MAZEMBaixo hhehhehehehhehhehe