segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Brasil Ecodiesel e TAM estudam produzir bioquerosene

A Brasil Ecodiesel se associou à TAM e à Curcas para analisar a viabilidade da implementação de um projeto integrado de produção sustentável de bioquerosene de aviação no Brasil, desde a produção agrícola e industrial até a distribuição, visando substituição parcial e gradual do combustível fóssil pelo renovável. O bioquerosene seria produzido a partir da utilização de várias matérias-primas, com destaque para o pinhão-manso originado de projetos de agricultura familiar. A expectativa é de que o sistema integrado comece a operar de forma comercial em 2013. O grupo conta com a colaboração da Airbus, fabricante de aeronaves, e da Air BP, unidade de distribuição de combustíveis para aviação da BP. A Curcas é uma empresa integradora especializada no desenvolvimento de projetos de energia renovável. A TAM destinou um espaço de 4,35 hectares de terra agricultável para cultivo experimental de pinhão-manso, com o objetivo de estudar as melhores práticas agrícolas e material genético, de forma a garantir a produção sustentável desta oleaginosa. O terreno ocupa menos de 1% da área total da fazenda onde está instalado o Centro Tecnológico da TAM, em São Carlos, no interior paulista. Os estudos de sustentabilidade serão conduzidos pela Universidade de Yale, dos Estados Unidos, e patrocinados pela Airbus. Recentemente, a TAM fez um vôo teste com um Airbus A320 com bioquerosene de pinhão-manso. O avião experimental saiu do Aeroporto do Galeão, na zona norte do Rio de Janeiro, e voou por sobre o Atlântico por 45 minutos, no espaço aéreo brasileiro, depois retornando ao mesmo aeroporto. No teste, o pinhão-manso utilizado foi 100% nacional, oriundo de projetos de agricultura familiar e de fazendas do interior do Brasil. Para assegurar a disponibilidade do biocombustível necessário para o vôo experimental, a TAM adquiriu, por intermédio da Curcas Brasil, sementes de produtores de pinhão-manso do Norte, Sudeste e Centro-Oeste, providenciou a sua transformação em óleo semirrefinado e exportou-o para os Estados Unidos, onde a UOP LLC, empresa do grupo Honeywell, fez o processamento do óleo de pinhão-manso em bioquerosene e sua mistura com o querosene convencional de aviação, na proporção de 50% cada.

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