sábado, 13 de novembro de 2010

Dilma pensa em esvaziar Casa Civil e passar PAC para outro ministério

A presidente eleita Dilma Rousseff estuda esvaziar a Casa Civil e transferir parte de suas funções para outras áreas. Uma das possibilidades discutidas na equipe de transição é tirar de lá o Programa de Aceleração do Crescimento. Há três destinos possíveis para o PAC, caso a petista opte mesmo por esse desenho: passá-lo para o Ministério do Planejamento, levá-lo para a Secretaria-Geral da Presidência ou dividir a gestão e o acompanhamento do programa entre a Casa Civil e a Presidência da República. A proposta de reduzir o tamanho da Casa Civil vem sendo estudada desde a campanha eleitoral. Nos últimos dias, porém, ganhou forte apoio entre os integrantes do grupo de transição. Para Dilma, a Casa Civil tem hoje inúmeras atribuições executivas e outras prerrogativas de pouca ou nenhuma afinidade com a função original da pasta. Ela própria já repetiu mais de uma vez em reuniões que não quer um superministério, nem um superministro. A hipertrofia da Casa Civil começou com a nomeação de José Dirceu em 2003. Naquela ocasião, o petista acumulou tarefas e transformou-se em uma espécie de primeiro-ministro, até ser derrubado pelo escândalo do Mensalão do PT. Substituta de José Dirceu no cargo em 2005, e depois escolhida por Lula para sucedê-lo, Dilma acabou beneficiada pelo poder da cadeira que agora cogita diminuir. Na avaliação de pessoas que acompanham as discussões sobre a dança de cadeiras na Esplanada, a ida do PAC para o Planejamento significaria reforçar o nome de Miriam Belchior para assumir a vaga, hoje ocupada por Paulo Bernardo.

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