sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Supremo pede que procurador-geral investigue tentativa de contratar genro de Ayres Britto

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, enviou ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, um requerimento pedindo que investigue a tentativa do ex-candidato Joaquim Roriz (PSC) de contratar o genro do ministro Carlos Ayres Britto com o intuito de deixá-lo impedido de julgar seu caso. O requerimento foi enviado na manhã desta sexta-feira, a pedido do próprio ministro Ayres Britto. O jornal Folha de S. Paulo divulgou vídeo gravado por Roriz que o mostra negociando a contratação de Adriano Borges para atuar em seu recurso no Supremo contra a Lei do Ficha Limpa. Na gravação, eles discutem valores e Adriano revela ter consciência de que sua participação deixaria o ministro impedido. Eles não entram em acordo, porém, pois Adriano Borges queria trabalhar na causa com uma equipe, sendo o advogado principal da causa, enquanto Roriz só queria participação formal e isolada do advogado para gerar o impedimento de Carlos Ayres Britto. Roriz chega a oferecer R$ 1 milhão para que Borges "não faça nada", mas o advogado diz que "quer trabalhar" e não ser mero "coadjuvante". Esse caso é muito estranho e permite muitas interpretações, e algumas muito perigosas. De qualquer forma, o Supremo Tribunal Federal nunca esteve tão desmoralizado como atualmente, quando se dedica a ouvir a "voz rouca das ruas" e a "temperar" leis aprovadas pelo Congresso Nacional, e a decidir coisa muito diversa em um processo de declaração de inconstitucionalidade de uma lei, justamente quando acrescenta suas colheiradas de "tempero". Como tem uma cadeira vazia, Videversus recomenda para seu preenchimento o nome do baiano João Santana, marqueteiro do PT de apurado senso jurídico.

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