terça-feira, 12 de outubro de 2010

Bolívia planeja levar 32 mil militares para zonas fronteiriças em cinco anos

O governo do ditador cocaleiro trotskista Evo Morales planeja transferir 32 mil militares para povoar as zonas fronteiriças bolivianas nos próximos cinco anos, a fim de criar soberania nessas áreas, informou nesta segunda-feira uma fonte oficial. O comandante-chefe das Forças Armadas, general Ramiro de la Fuente, confirmou em entrevista coletiva que o Executivo boliviano tem um plano de longo prazo para cumprir a missão constitucional do Exército, que é criar soberania estatal nas zonas fronteiriças ricas em recursos naturais. "Estamos fazendo um planejamento a longo prazo, com o objetivo de que em quatro a cinco anos, as Forças Armadas possam criar uma soberania total nesse lugar que por muito tempo, infelizmente, esteve completamente abandonado", sustentou. O diretor da Agência para o Desenvolvimento das Macrorregiões, Juan Ramón Quintana, disse à imprensa estatal que está previsto transferir 80% dos militares (32 mil soldados) às áreas "com valor estratégico para o Estado". O governo Morales já começou a levar militares às zonas fronteiriças em julho, quando o Exército desalojou mineradores peruanos e apreendeu parte da maquinaria que utilizavam na região limítrofe do rio Suches. Além disso, na semana passada, as Forças Armadas tomaram o controle de uma vasta área limítrofe com o Brasil e detiveram 42 brasileiros que exploravam ouro, madeira e pedras preciosas ilegalmente. O Brasil anunciou, no fim de semana, que 25 detidos serão repatriados e outros quatro mineradores serão libertados e permanecerão na Bolívia depois que a situação for "regularizada".

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