terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ministério Público dá parecer contra semiaberto para Cacciola

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro se manifestou nesta terça-feira contra a concessão de um regime semiaberto para o ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Segundo parecer do promotor Fabiano Rangel Moreira, o dono do extinto Banco Marka não tem os requisitos para receber a progressão de regime. Rangel Moreira lembra que o condenado por crime contra a administração pública só pode receber progressão de regime se reparar o dano causado. Segundo cálculos do promotor, Cacciola tem que ressarcir os cofres públicos com R$ 2,987 bilhões. No parecer, ele sustenta também que o preso não tem "disciplina e responsabilidade" para o semiaberto. "Segundo registros, executou uma das fugas mais discutidas e comentadas no Brasil, cruzando o país com um automóvel, até ultrapassar furtivamente a fronteira com o Paraguai e Uruguai. De lá, continuou sua rota de fuga para a Argentina, onde seguiu viagem rumo à Itália, local onde tem cidadania, mantendo-se foragido sob proteção jurídica, por longos sete anos", diz o promotor no parecer. Moreira diz que o ex-banqueiro também não tem uma boa relação com os companheiros de prisão e mostra desprezos com os outros, inclusive com os carcereiros. Em abril, o Supremo Tribunal Federal negou, por 8 votos a 1, um pedido de liberdade do ex-banqueiro.

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