segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Jornal estatal do Irã chama primeira dama francesa Carla Bruni de "prostituta"

Um jornal controlado pelo governo do Irã chamou a primeira-dama da França, Carla Bruni, e outras personalidades francesas, de "prostitutas", em um artigo de opinião. O texto não assinado de opinião, na página 2 da edição de sábado do jornal estatal "Kayhan", traz o título: "Prostitutas francesas entram no tema direitos humanos". O artigo critica Carla Bruni e a atriz francesa Isabelle Adjani, que assinaram um abaixo-assinado em defesa de Sakineh Mohammadi Ashtiani, iraniana condenada a apedrejamento por adultério. No texto, o jornal afirma que Carla Bruni é uma pessoa "imoral". Na semana passada, a primeira-dama francesa escreveu uma carta aberta para Sakineh. "Seu rosto, seu cérebro, sua alma, tudo transformado em alvo de atiradores de pedra. Esta imagem aterrorizante que nos revolta pode virar realidade", escreveu a primeira-dama em carta aberta publicada no site do filósofo Bernard-Henri Lévy. Ela afirma na carta a Sakineh que o Irã não pode "lavar suas mãos do crime" e diz que seu marido, o presidente Nicolas Sarkozy, "vai defender o seu caso com afinco e a França não vai abandoná-la". Diversas celebridades francesas fazem parte de uma campanha para que Sakineh não seja apedrejada. Lévy tem publicado em seu site uma carta por dia em apoio à iraniana. Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, está presa no Irã desde 2006. Este ano ela foi acusada de adultério e condenada a uma sentença de apedrejamento. Posteriormente, a sentença de apedrejamento foi suspensa. Sakineh, no entanto, está sendo acusada de participação no assassinato de seu marido e ainda pode ser executada por enforcamento.

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