terça-feira, 20 de abril de 2010

Instituto de pesquisa Sensus é denunciado pelo PSDB

As coisas estão se complicando para o Instituto Sensus. Seu questionário da última pesquisa era talhado para induzir o eleitor a votar na “candidata de Lula”. O contratante inicialmente apontado pelo instituto não era o informado, mas outro, o que só foi admitido depois de reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Mas, as impropriedades não param por aí. O acesso aos dados técnicos da pesquisa pelo PSDB, que só conseguiu isso mediante ordem judicial, revelou um erro na codificação de cidades, só para começar, e isso é um erro grave, capaz de distorcer a pesquisa. A cidade mineira de Uberlândia foi parar no Estado de São Paulo. Segundo os dados fornecidos pelo próprio Instituto Sensus, fizeram-se, então, 15 entrevistas na capital paulista, e 120 na cidade mineira. Porém há mais desvios técnicos. Há mais desvios técnicos. Na amostra entregue ao Tribunal Superior Eleitoral, o Instituto Sensus prometeu entrevistar 6% de pessoas que ganham até um salário mínimo. Ocorre que entrevistou 17,7% de pessoas nesta faixa de renda. Na faixa de 5 a 10 salários mínimos, informou ao tribunal que seriam 23,1%. Ocorre que entrevistou só 15,3%; e entre os que ganham de 10 a 20 salários mínimos, disse que seriam 8,9%, mas entrevistou 5,2%; acima de 20 salários mínimos, seriam 2,6%, mas ficou em 1,2%. Ou seja, tudo distorcido, tudo ilegal, tudo fora dos parâmetros estatísticos, enganando totalmente a Justiça Eleitoral. Como se não bastasse, contrariando um procedimento padrão, as respostas dos entrevistados não estavam no próprio questionário, mas em uma outra folha, em código. O PSDB não pode saber o nome de quem responde a pesquisa porque esse é um sigilo garantido por lei, mas a informação do local em que ela foi realizada não é sigilosa. E o Instituto Sensus, é óbvio, se negou a fornecê-la. Também foi preciso negociar muito para saber o horário das entrevistas. Constatou-se que, contrariando o procedimento técnico mais comezinho, muitos questionários não traziam esse dado. Ricardo Guedes, um dos sócios do Sensus, também se recusou a informar os nomes dos entrevistadores. Disse ele que só revelaria mediante uma nova ordem judicial. Ora, é evidente que essa pesquisa é uma fraude, e que o PSDB buscará outra medida judicial, e completará a denúncia da pesquisa fraudulenta que colocou a candidata petista Dilma Rousseff em empate técnico com o candidato José Serra, do PSDB.

Nenhum comentário: