quarta-feira, 17 de março de 2010

Cubano grevista de fome diz que "Lula é um assassino"

O dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há 18 dias, segue em estado grave, porém estável, e continuará no hospital nos próximos dias. Em entrevista à rádio Jovem Pan, de São Paulo, ele explicou que a greve de fome é um protesto contra a morte de Orlando Zapata Tamayo, preso político que morreu após passar 85 dias em greve de fome. Para o dissidente cubano, o presidente bolivariano Lula é cúmplice do assassinato de Zapata: “Considero que Lula é um assassino, ele poderia ter cancelado a visita a Cuba, mas não fez isso e preferiu negociar com o país”. De acordo com o cubano, Lula pode ser considerado um assassino ao lado de Raul Castro pois, para eles, Orlando Zapata Tamayo era um preso comum, e os líderes não respeitaram sua memória. Fariñas, de 48 anos, apresentou alguns sintomas de melhora, com a pressão arterial mais estável, mas segue recebendo soros fisiológicos por via intravenosa. O dissidente começou o jejum há duas semanas, para pedir a liberdade de 26 presos políticos cubanos doentes, como disse e, em protesto pela morte do também preso político Orlando Tamayo, após uma greve de fome de quase três meses.

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