segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Brasileiro é seqüestrado pelas Farc na Venezuela

Matéria da revista Veja, publicada no sábado, aponta que um brasileiro foi seqüestrado na Venezuela pela organização terrorista e traficante de cocaína Farc. Diz a matéria: “Senhora, nós somos das Farc e estamos com seu marido”, anunciou tranquilamente a voz masculina do outro lado da linha, num espanhol de sotaque colombiano. “Ele será executado se a senhora não seguir nossas instruções.” Marinêz da Silva Pinho ouviu as ordens em silêncio - e desmaiou. Aquela voz colombiana confirmara seus mais terríveis medos: seu marido, o empresário brasileiro Vicente Aguiar Vieira (foto), não havia se perdido no distrito de Ciudad Bolívar, na Venezuela, onde estava quando deu notícias pela última vez, dois dias antes dessa ligação. Era um sequestro. Naquele mesmo dia, Marinêz recebeu uma carta manuscrita e assinada pelo marido, na qual ele confirmava estar em poder das Farc e dizia se encontrar em “montanhas da Colômbia”. Em três páginas, possivelmente ditadas pelos sequestradores, Vicente orientava a esposa a vender os bens da família para pagar o resgate, estipulado em 2,5 milhões de bolívares, a moeda venezuelana (equivalentes a cerca de 800 000 reais). Marinêz só conhecia as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia pelo noticiário televisivo, mas fez o que lhe pediram. Não alertou as autoridades, levantou parte do dinheiro, deu prosseguimento às negociações e mobilizou parentes para fazer a troca nas selvas colombianas. Até o momento, os esforços foram em vão. Seu marido está há dois meses em cativeiro - e pode, a depender do avanço das investigações policiais, tornar-se o primeiro brasileiro oficialmente vítima das Farc fora da Colômbia. O desespero com o sumiço dos sequestradores levou Marinêz a procurar as autoridades brasileiras. Nas últimas semanas, ela iniciou uma odisseia pela burocracia de Brasília. Marinêz bateu à porta da Polícia Federal, da Interpol, do Itamaraty, dos congressistas de Roraima. Persistente, ela conseguiu falar até com o presidente Lula, em uma cerimônia política em Boa Vista, no mês passado. “Vou me empenhar para resolver isso. Se for preciso, conversarei com o Hugo Chávez”, prometeu o presidente, repassando o caso para o ministro da Justiça, Tarso Genro, que também estava no evento. Mas, de lá para cá, nada aconteceu”. Lula e seus bolivarianos só se mobilizam quando é para prestar favor ao genocida de Havana.

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