segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sérgio Buchmann dá respostas evasivas à interpelação judicial de Genilton Ribeiro

O ex-presidente do Detran gaúcho, o auditor fiscal Sérgio Buchmann (funcionário da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul, na foto), encaminhou resposta no dia no último dia 11 a interpelação feita em juízo por Genilton Ribeiro, subsecretário estadual da Administração. Na resposta, encaminha pelo escritório Brunetti Castilhos Advocacia, ele reafirma que ouviu de Genilton acusações contra a governadora Yeda Crusius, o delator Lair Ferst e o procurador de Estado Flávio Vaz Neto, ex-presidente do Detran. Sérgio Buchmann também diz que a suposta “conversa” com Genilton Ribeiro não teve testemunhas, admite que não tem provas do que disse na Polícia Federal, e nem sequer sabe se o que disse tem ou não tem fundamento. Mas não é mesmo uma autêntica maravilha? O subsecretário Genilton Ribeiro interpelou o auditor fiscal Sérgio Buchmann porque deverá processá-lo civil e criminalmente. Sérgio Buchmann ficou apenas três meses no Detran e surgirá nos próximos dias como a grande estrela do PT na CPI petista na Assembléia Legislativa. Há no caso toda uma história extremamente mal contada. Ao sair do Detran, atirando para todos os lados, Sérgio Buchamann correu a procurar o Ministério Público do Estado para prestar depoimento. Ao que consta, foi recebido pelo promotor Ricardo Herbstrith. Este tomou uma atitude absolutamente insólita: levou o seu depoente para depor na Polícia Federal, onde já se encontrava o procurador federal Enrico Rodrigues de Freitas (ele faz parte da Força Tarefa da Operação Rodin, e atua em Cachoeira do Sul. Na semana passada, na CPI do PT, a deputada estadual petista Stela Farias (ré em um alentado processo de improbidade administrativa que corre contra ela na comarca de Alvorada), divulgou o áudio do depoimento de Sérgio Buchmann na Polícia Federal. Pelo tom da voz no depoimento percebe-se como ele estava resoluto, determinado, com muita coragem, mesmo. Pois bem, agora se sabe que o tom mudou vivamente na resposta à interpelação judicial. Nesta, ele diz que foi surpreendido pela convocação dos policiais. Nesse episódio também ressalta a atuação do xerife Ricardo Herbstrith, promotor do Ministério Público Estadual, que deveria ter aberto uma investigação na sua alçada, mas que levou o depoente Buchmann para depor na Polícia Federal. Por que Herbstrith não cumpriu o seu papel? Agora se sabe que, na semana passada, o nome do promotor Ricardo Herstrith foi encaminhado em uma lista lista sêxtupla para o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que deverá escolher um como representante do Ministério Público no quinto constitucional da corte gaúcha. Perguntinha rápida: como pode ser candidato do Ministério Público, a uma vaga de desembargador, quem foi condenado pelo Conselho Superior do próprio Ministério Público? Esperem mais detalhes. O grampo está solto.

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