domingo, 30 de agosto de 2009

Senador Pedro Simon diz que PMDB gaúcho apóia CPI contra Yeda Crusius

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) se defendeu na sexta-feira da acusação de que ele luta pela apuração das denúncias contra o presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP), mas que em seu Estado apóia o governo de Yeda Crusius (PSDB), que enfrenta uma CPI na Assembleia Legislativa gaúcha comandada pelo PT. Segundo Simone, mesmo que seu partido tenha apoiado Yeda Crusius, não se negará a investigar as denúncias. "O PMDB realmente tem participação no governo de Yeda, mas deixou claro que sairá do governo e que participará da CPI", disse Simon durante evento na Escola de Direito da USP (Universidade de São Paulo): "O que não aconteceu no Senado, onde sequer deixaram investigar”. Pedro Simon ainda criticou o ímpeto do PT gaúcho nas investigações contra Yeda. "Só não pode fazer como o PT, que quer demolir tudo", disse ele. O que não diz é que o líder de seu partido na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado estadual Luiz Fernando Zachia, também presidente do PMDB de Porto Alegre, é um dos denunciados no mesmo processo pelo Ministério Público Federal. Simon tenta dar a entender que a investigação da CPI petista é exclusivamente contra Yeda Crusius. Não, não é só, ela vai investigar o PMDB, especialmente com os desdobramentos da Operação Solidária, e terminará atingindo quase metade da bancada peemedebista na Assembléia Legislativa. Já houve tempo, durante o governo Itamar Franco, em que Pedro Simon achava que qualquer membro do governo, com suspeita sobre si, deveria ser afastado imediatamente. Agora ele ficou muito mais condescendente. O presidente de seu partido na capital gaúcha e líder da bancada na Assembléia Legislativa, deputado estadual Luiz Fernando Zachia, está denunciado em processo cível por improbidade administrativa, tem os bens indisponibilizados, e Pedro Simon não exige que saia da presidência do PMDB em Porto Alegre, nem abandone a liderança do partido. Como se vê, é um Pedro Simon muito singular o que fala agora. É também uma CPI petista singularíssima, a do roto contra o esfarrapado. Ou seja, a presidente da CPI, a deputada estadual petista Stela Farias, é ré em um grosso processo de improbidade administrativa na comarca de Alvorada, onde foi prefeita. O processo dela tem o dobro de páginas da denúncia administrativa apresentada agora pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul. Ela é totalmente incapaz para dirigir essa CPI petista.

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