segunda-feira, 29 de junho de 2009

Senador Arthur Virgilio vai representar contra José Sarney

Nesta segunda-feira, o senador Arthur Virgilio, líder do PSDB, anunciou sua decisão de representar contra José Sarney, presidente do Senado Federal. Arthur Virgílio deseja levar o presidente do Senado ao Conselho de Ética. Isso é um grande complicador porque, de acordo com o regimento da Casa, senador investigado não pode ocupar cargo em Comissão ou na Mesa Diretora. No início da semana passada, Arthur Virgílio discursou na frente de José Sarney, dizendo que o ex-diretor-geral Agaciel Maia recorria à chantagem para calar o Senado. Ele se achava alvo da chantagem do inefável Agaciel Maia, dizendo que o ex-diretor o ameaça com a possibilidade de divulgar fatos que o constrangeriam. Arthur Virgilio citou o reembolso de despesas médicas de sua mãe. E ainda disse que tinha sido socorrido em uma viagem que fez a Paris, quando um hotel de luxo recusou o seu cartão de crédito. Ao esmiuçar os episódios em sua última edição, a revista IstoÉ colocou na panela fervente um outro dado: Arthur Virgílio manteve em seu gabinete, em situação irregular, um assessor. Chama-se Carlos Alberto Nina Neto. Foi secretário particular do líder do PSDB. E recebeu contracheques do Senado num período em que morou no Exterior. Arthur Virgilio reconheceu o erro e voltou a investir contra o inefável Agaciel Maia: “Cometo a idiotice de permitir que o filho de um grande amigo permaneça ligado ao meu gabinete por um tempo, uma imbecilidade, um gesto paternal equivocado. Agaciel queria que eu me calasse para ele continuar roubando o Senado Federal. Vou pedir que o Conselho me investigue, não tenho nada a esconder”. Além da investigação contra si próprio, o líder tucano decidiu pedir a abertura do processo contra José Sarney, que identifica como padrinho e protetor de Agaciel Maia. Na quarta-feira será a vez de o PSOL protocolar representação contra José Sarney. No mesmo documento, o partido presidido por Heloísa Helena pedirá que sejam investigados também dois ex-presidentes: Renan Calheiros e Garibaldi Alves. O Senado Federal está desde março sem Conselho de Ética.

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