terça-feira, 2 de junho de 2009

Brasil começa a encontrar destroços do Airbus da Air France

Dois navios-patrulha da Marinha brasileira chegarão nesta quarta-feira, por volta das 11 horas, ao local onde foram encontrados destroços do Airbus da Air France, com equipe de mergulhadores e equipamentos próprios para intensificar a operação de resgate do que sobrou do avião. A informação foi confirmada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, nesta terça-feira. Ele afirmou que já foram identificados diversos materiais que compõem uma aeronave (fios e metais) em uma faixa de cinco quilômetros de extensão, localizada a 1.200 quilômetros do Recife, próximo aos arquipélagos de São Pedro e São Paulo, dentro dos limites territoriais brasileiros. Jobim disse que o que for localizado pela Aeronáutica e pela Marinha na quarta-feira deverá ser transportado, por navios, até um local que fica a 400 quilômetros de Fernando de Noronha. De lá, helicópteros transportarão o material até Fernando de Noronha, onde peritos da Polícia Federal e do Instituto Médico Legal realizarão uma perícia. Segundo ele, a demora para chegar ao local ocorre porque que os barcos se deslocam a uma velocidade equivalente a 30 quilômetros horários. O ministro revelou já não haver mais dúvidas de que os destroços encontrados são do Airbus A330, que desapareceu na noite de domingo. O avião da companhia Air France fazia o Voo 447 Rio-Paris e deveria ter chegado ao seu destino na segunda-feira, dia 1º, às 6 horas (horário de Brasília) em Paris. "Avistamos uma faixa de cinco quilômetros de destroços, o que confirma que o avião caiu naquele local”, disse Jobim. Ele destacou que as buscas estarão concentradas, a partir de agora, no local onde foram avistados os destroços. O ministro evitou falar nas hipóteses que levaram à queda do avião nessa região. Segundo ele, mesmo com os destroços de avião visualizados na superfície do oceano, é impossível dizer se o Airbus da Air France explodiu no ar. Os navios da Marinha estarão equipados com botes salva-vidas para o caso de serem encontrados sobreviventes. As investigações sobre as causas do acidente serão conduzidas pela França, afirmou Jobim. Sobre a caixa preta, o ministro admitiu que a busca será um trabalho "de grande dificuldade", porque trata-se de uma região com profundidade de 2 mil a 3 mil metros.

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