domingo, 8 de fevereiro de 2009

Escolas públicas têm falta de alunos em alguns Estados do País

Às vésperas do início de mais um ano letivo, enquanto a população de alguns locais sofre com a falta de vagas na rede pública, em outras partes do País é o contrário: sobram escolas, faltam alunos. As explicações vão desde mudanças no perfil das populações até a migração de alunos da classe média para a rede particular de ensino. Colégios do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul são exemplos dessa mudança. No primeiro semestre de 2008, foram fechadas 105 unidades de ensino no Rio Grande do Sul. Para a secretária de educação do Estado, Mariza Abreu, a explicação para o problema é demográfica. Segundo ela, a população do Estado está envelhecendo, a taxa de natalidade caindo e, por conseqüência, há um decréscimo nas matrículas. "Isso vem acontecendo em todo o Brasil e aqui talvez com mais intensidade. A população na idade de 4 a 17 anos, que é a idade da educação escolar, da pré-escola, do ensino fundamental e do ensino médio, diminui todos os anos", afirma a secretária. Nas escolas gaúchas em que a procura por matrículas é muito baixa, o restante dos estudantes são remanejados para unidades próximas. De acordo com a secretária, o prédio das escolas desativadas são utilizados para "outras ações públicas" ou devolvidas para as prefeituras. No Distrito Federal, são as escolas do Plano Piloto que ficaram esvaziadas. Localizadas em bairros de classe média da capital, esses colégios costumam obter os melhores resultados em avaliações educacionais, mas não atraem a comunidade. Já na periferia de Brasília, o governo está construindo mais escolas para conseguir atender toda a demanda. A secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, acredita que o novo fenômeno é uma questão de planejamento urbano. Para a professora da Universidade de Brasília Regina Vinhais Gracindo, também membro do Conselho Nacional da Educação, o esvaziamento das escolas públicas é resultado do processo de "privatização" que o País viveu na década de 90. Só podia ser mesmo opinião de uma professora da Universidade de Brasília, a universidade mais petista do Pais.

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