segunda-feira, 16 de junho de 2008

Morre Jamelão, morre um inesquecível cantor

O corpo do sambista Jamelão foi enterrado pouco antes do meio-dia deste domingo, no cemitério São Francisco Xavier, na zona norte do Rio de Janeiro. Durante o enterro, centenas de integrantes da Mangueira e amigos do sambista bateram palmas, emocionados, em homenagem ao artista. O caixão foi enterrado ao som de "Exaltação à Mangueira", música cantada pelos presentes. O corpo deixou a quadra da Estação Primeira de Mangueira, onde foi velado desde as 18 horas de sábado, por volta das 10h30 deste domingo. José Bispo Clementino dos Santos morreu no sábado, aos 95 anos, de falência múltipla dos órgãos, na Casa de Saúde Pinheiro Machado, onde estava internado desde a última quinta-feira. Integrantes da comunidade mangueirense aplaudiram a saída do caixão da quadra da agremiação carnavalesca, na zona norte do Rio. A bateria da Mangueira tocou em homenagem ao artista. Um carro do Corpo de Bombeiros levou o corpo até o cemitério. Dois ônibus foram alugados pela escola de samba para levar os populares ao enterro. Centenas de carros da comunidade acompanham o cortejo pelas ruas do Rio de Janeiro, que passou em frente ao Maracanã e pela avenida Marquês de Sapucaí, onde fica o Sambódromo. O cantor Emílio Santiago cantou a música "Ave Maria" durante a missa de corpo presente celebrada pelo padre Jorge André. Jamelão deixa mulher, filha e dois netos. A viúva do sambista, Delice Ferreira dos Santos, 82, acompanhou o funeral cercada de familiares. Eles estavam casados havia 58 anos. Foi-se o maior intérprete no Brasil das músicas do compositor gaúcho Lupicinio Rodrigues. Jamelão era um cantor de grande qualidade desde a década de 50.

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