quinta-feira, 5 de julho de 2018

STF afasta do cargo o ministro do Trabalho

A terceira fase da Operação Registro Espúrio determinou o afastamento do ministro do Trabalho, Helton Yomura, na manhã desta quinta-feira, 5. O pedido foi feito pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República e aceito pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal. A Polícia Federal também cumpre mandados de busca e apreensão contra Yomura e no gabinete do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP). No total, estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, expedidos pelo Supremo, em Brasília e no Rio de Janeiro. Os presos são o chefe de gabinete do ministro, Julio de Souza Bernardes, o superintendente da pasta no Rio, Adriano José Lima, e Jonas Antunes de Lima, assessor de Marquezelli. A Operação Registro Espúrio investiga desvios no Ministério do Trabalho relacionados à concessão do registro sindical. Yomura é apadrinhado político do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de sua filha, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ). Pai e filha foram alvo das primeiras fases da operação. Cristiane Brasil chegou a ser nomeada ministra da pasta, mas diversas decisões da Justiça suspenderam a posse. Em fevereiro, um decreto anulou a nomeação. A ação desta quinta-feira, de acordo com a Polícia Federal, tem como objetivo “aprofundar as investigações a respeito de organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho”.

A pedido da Procuradoria, ainda serão impostas aos alvos da operação medidas cautelares como proibição de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter contato com os demais investigados ou servidores da pasta. “As investigações e o material coletado nas primeiras fases da Registro Espúrio indicam a participação de novos atores e apontam que importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho foram preenchidos com indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta”, diz nota da Polícia Federal.

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