quarta-feira, 25 de julho de 2018

Paulo Cleto, delator de Eduardo Cunha, pede perdão judicial ao Supremo

A defesa do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal, o delator premiado Fábio Cleto, pediu perdão judicial ao Supremo Tribunal Federal. Em petição encaminhada ontem (24) à Corte, os advogados afirmam que Cleto delatou o esquema de corrupção em uma diretoria do banco e merece o benefício. Em um dos depoimentos de delação premiada, Fábio Cleto disse que o ex-presidente afastado da Câmara dos Deputados e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), recebia 80% da propina arrecadada entre empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). Ao Supremo, a defesa afirmou que a colaboração foi efetiva e ajudou a identificar as pessoas que participaram da organização criminosa e vai permitir a recuperação de parte dos recursos públicos desviados. “Nesse cenário, em razão de efetividade do acordo de colaboração do requerente que desmantelou organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública e acarretou na condenação de membros que pertenceram ao alto escalão do governo, de rigor que seja aplicado o perdão judicial.", argumentou a defesa. Com base nas informações prestadas pelo delator Fabio Cleto, Eduardo Cunha foi condenado a 24 anos e dez meses de prisão, em regime fechado.

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