sábado, 30 de junho de 2018

Juíza decreta agora a prisão preventiva de Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da Dersa

A juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal de São Paulo, decretou a prisão preventiva do ex-presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço – alvo da Operação Pedra no Caminho, investigação sobre desvios de R$ 600 milhões do Rodoanel Norte em gestão tucana no governo paulista. A magistrada ordenou também a custódia por tempo indeterminado do ex-diretor da Dersa, Pedro da Silva. Os executivos estão presos desde 21 de junho. Laurence Casagrande Lourenço, que também ocupou o cargo de secretário de Logística e Transportes (Governo Alckmin), e Pedro da Silva estavam em custódia temporária. “A liberdade dos investigados Pedro da Silva e Laurence Casagrande Lourenço constitui um grave risco à instrução processual, às testemunhas e, como consequência, à própria possibilidade de aplicação da lei penal, eis que futura ação penal dependeria da proteção destas provas, diante da necessidade de sua reapreciação por meio do devido processo legal”, afirmou a juíza. Na decisão, a juíza cita o depoimento de uma testemunha ‘que trabalhou como secretária pessoal de Laurence Casagrande por sete anos até sua exoneração em 2018’. “Revelou que o investigado determinou que documentos fossem triturados ou o fez pessoalmente”, relata Maria Isabel do Prado.

Segundo a juíza, Pedro da Silva ‘figurou como um dos principais e mais influentes integrantes da organização criminosa no cargo de diretor de Engenharia da Dersa, somente subordinado a Laurence Casagrande’. Na mesma decisão, Maria Isabel do Prado mandou soltar cinco investigados, com medidas cautelares. Na lista está o atual diretor da Dersa, Pedro Paulo Dantas do Amaral Campos. A magistrada determinou que os cinco investigados compareçam mensalmente à Justiça, proibiu que todos frequentem ‘quaisquer dos endereços da empresa Dersa ou de empresas relacionadas às obras do Rodoanel Trecho Norte’, proibiu que eles mantenham ‘contato com qualquer funcionário ou ex-funcionário da empresa Dersa ou de empresas relacionadas às obras do Rodoanel Trecho Norte’.

Maria Isabel do Prado ainda proibiu que os cinco investigados deixem o País e suspendeu ‘as funções públicas e atividades de natureza econômica dos investigados em qualquer órgão ou empresa relacionada com as obras do Rodoanel Norte’. “Oficie-se a Pasta do Estado competente do Governo do Estado de São Paulo para determinar a suspensão de Pedro Paulo Dantas do Amaral Campos do cargo de diretor de Engenharia da Dersa. Desde logo o investigado fica proibido de exercer tal cargo nos termos das condições acima”, ordenou a juíza.

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