terça-feira, 8 de maio de 2018

Procuradoria avalia rescisão de mais um acordo de executivo da empresa bucaneira corrupta JBS


A Procuradoria-Geral da República instaurou procedimento administrativo para analisar uma possível rescisão da colaboração premiada de Valdir Aparecido Boni, ex-diretor de tributos da JBS, por omissão de informações. Em depoimento prestado em maio de 2017, Boni informou o pagamento de propina a fiscais da Secretaria Estadual da Receita em Rondônia, em troca de benefícios fiscais. O ex-diretor relatou pagamentos indevidos a agentes públicos com a finalidade de agilizar a homologação de créditos tributários legítimos, o que teria ocorrido no período entre os anos de 2004 a 2015. Aos investigadores, Boni afirmou que os irmãos bucaneiros corruptos Wesley e Joesley Batista eram responsáveis pelas negociações com a alta cúpula dos governos estaduais. De acordo com Wesley, Boni não participava das negociações, mas operacionalizava os regimes especiais e tinha conhecimento de que havia pagamento de propina em Rondônia.

Em maio do ano passado, Wesley e Boni, respectivamente, confirmaram o pagamento de R$ 150 milhões de 2007 a 2016, ao ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli (2007-2104) e ao atual Reinaldo Azambuja, em função da concessão de benefícios fiscais.

Em março, a Procuradoria Geral da República informou que decidiu rescindir os acordos de colaboração premiada de Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva, sócio-proprietário e executivo da J&F, respectivamente’. A decisão foi enviada ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), para homologação. Em setembro do ano passado, a PGR havia rescindido também os acordos dos corruptos Joesley Batista e Ricardo Saud.

Nenhum comentário: