terça-feira, 8 de maio de 2018

Moro retoma audiências e Okamotto diz que Lula queria comprar sítio de Atibaia para Marisa

As audiências no processo do sítio de Atibaia (SP) foram retomadas nesta segunda-feira, 7, após o Supremo Tribunal Federal tirar os depoimentos de delatores da Odebrecht do caso e negar pedido da defesa do bandido corrupto e levador de dinheiro Lula para retirar a ação das mãos do juiz federal Sérgio Moro, titular da Operação Lava Jato, em Curitiba. Um dos ouvidos, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que o petista – preso e condenado há um mês pelo caso do triplex do Guarujá (SP) – tinha a intenção de comprar a propriedade rural. “O senhor se recorda de um almoço realizado no ano de 2015, no Instituto Lula, em que se discutiu o interesse do ex-presidente em adquirir o sítio do Fernando Bittar?”, perguntou a advogada de Fernando Bittar, dono oficial do sítio e amigo da família, além de sócios dos filhos de Lula. “Eu recordo que teve um almoço, acho que estava lá o Lula, estava o Kalil Bittar, o Fernando, não sei se estava o Fábio (Lulinha) também, eu sei que esse tema estava sendo discutido”, respondeu Okamotto. “O presidente Lula já há algum tempo ele achava que precisava comprar o sítio como um presente para dona Marisa. Ele tinha um pouco de dúvida, mas ele tinha essa intenção”, confirmou o presidente do Instituto, que disse não ter participado, mas sabia da discussão no encontro. Okamoto contou ser como Lula também amigo de longa data da família Bittar – Fernando é filho do ex-prefeito de Campinas (SP), Jacó Bittar, fundador do PT como Lula.

Okamotto é dono também de um sítio de Atibaia e disse que ajudou Fernando Bittar com a propriedade e visitou o imóvel com ele. Lula é réu nesse processo acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal afirma que o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, interior de São Paulo, comprado em 2010 por dois sócios e amigos do filhos do ex-presidente, são propriedade oculta do petista. O imóvel foi reformado pelas empreiteiras propineiras Odebrecht e OAS, com ajuda do pecuarista José Carlos Bumlai, com suposta ligação com o esquema bilionário de propinas da Petrobrás. Foram arroladas pelos 13 réus desse processo 130 testemunhas, entre elas a ex-presidente Dilma Rousseff, que deve ser ouvida no dia 25 de junho, por videoconferência, de Porto Alegre (RS), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no dia 28.

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