quinta-feira, 3 de maio de 2018

Família de doleiros movimentou pelo menos US$ 100 milhões para a quadrilha do ladrão peemedebista Sérgio Cabral

Alvo de pedido de prisão na Operação Câmbio Desligo, o clã do doleiro Marco Ernest Matalon movimentou ao menos US$ 100 milhões para o esquema de Sérgio Cabral. Matalon, "o velho", foi investigado nas operações Banestado e Satiagraha (a primeira foi comandada pelo juiz Sérgio Moro, as investigações começaram em 1997, e resultaram de CPI no Congresso; Alberto Yousseff, no âmbito da Operação Banestado, ou das contas CC5, foi o primeiro brasileiro a assinar um acordo de delação premiada, em 2003; a operação Satiagraha foi comandada pelo juiz federal Fausto De Sanctis, sancionado pelo Conselho Nacional de Justiça por desobedecer ordem do Supremo, e pelo ex-delegado federal - foi demitido - Protógenes de Queiroz). Marco Ernest Matalon possui relações conhecidas com o delator Lúcio Funaro, que operou para os irmãos açougueiros corruptos Wesley e Joesley Batista e o ex-deputado federal Eduardo Cunha. 




Identificar os clientes dos doleiros é o próximo passo da Lava Jato. Nos autos da Operação Câmbio Desligo, o Ministério Público Federal explica que Dario Messer sofisticou o esquema herdado por seu pai e se tornou líder de uma organização criminosa que movimenta bilhões em um sistema paralelo. “Ainda não foram identificados todos os integrantes da organização criminosa, sendo que os elementos colhidos indicam a participação de outros agentes, tais como TODOS OS CLIENTES DO SISTEMA PARALELO e os responsáveis pelas empresas utilizadas nas transações ilícitas. Ainda vai cair muita gente importante".


O procurador federal Deltan Dallagnol compartilhou notícia do jornalista Lauro Jardim, que lembra que a Operação "Câmbio, Desligo" tem como alvos quatro integrantes da mais célebre família de doleiros de São Paulo, a Matalon. Um deles, Marco, era conhecido como o “doleiro das estrelas”, que operava com personalidades do mundo político e artístico. “Se a família falar, cai meia República”, disse um procurador.

Nenhum comentário: