quarta-feira, 2 de maio de 2018

Credores de bônus da Odebrecht adiam formação de comitê de representação contra a empreiteira propineira e agora caloteira

Os credores dos bônus da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) desistiram, por enquanto, de organizar um comitê de representação para eventual reestruturação de sua dívida. Uma teleconferência com credores foi desmarcada hoje pela G5/Evercore e pelo escritório Pinheiro Neto Advogados na qual estavam previstas discussões sobre os próximos passos a serem tomados, após o não pagamento no dia 25 de abril dos R$ 500 milhões de bônus e também de juro relativo ao bônus 2025 da companhia. Credores decidiram não criar um novo evento negativo e dar mais tempo à empreiteira corrupta e propineira para concluir as negociações para a obtenção de um empréstimo de cerca de R$ 2 bilhões que busca junto ao Bradesco e ao Itaú Unibanco. A companhia não honrou o pagamento dos bônus, de um total de R$ 500 milhões, no último dia 25, mas faz uso de um período de 30 dias que diz ter de carência para cumprir o compromisso. G5/Evercore e Pinheiro Neto Advogados representam no Brasil o fundo abutre Aurelius como credores da Oi. Essa atividade do escritório Pinheiro Neto Advogados vem de longe. Na década de 80 esse escritório representava o Bank of America e conseguiu incluir no rol da dívida externa brasileiros os supostos débitos que cobrava da Centralsul. O escritório Pinheiro Neto usou de toda empáfia possível na cobrança exercida sobre o então presidente da Centralsul, Jarbas Pires Machado. Aconselhado por seus advogados "proinvicianos" que se debatiam contra o Pinheiro Neto como Davi contra Golias, Jarbas Pires Machado contratou um escritório de advocacia em Houston, no Texas, e entrou com uma ação contra o Bank Of America na justiça americana. Ocorre que o Bank of America operava ilegalmente no mercado americano com os recursos da Centralsul. Imediatamente o Bank of America pediu uma reunião, renunciou aos seus pretensos créditos inscritos na dívida externa brasileira, promoveu pela primeira e única vez até hoje uma desinscrição de títulos de cobrança do rol da dívida externa brasileira, e concordou em pagar uma avantajada indenização à Centralsul, tudo isso em troca da retirada da ação da central gaúcha de cooperativas da justiça americana. Acabou a empáfia.  

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