segunda-feira, 9 de abril de 2018

Temer diz que bancos públicos devem ter função social, na posse do novo presidente do BNDES

Os bancos públicos devem ter função social, diferentemente dos bancos privados, afirmou nesta segunda-feira (9) o presidente Michel Temer. Na visão de Temer, os bancos privados contribuem para o desenvolvimento econômico, o que indiretamente tem efeitos positivos sobre a área social, porém cabe aos públicos responsabilidade distinta. “Os públicos, afora o desenvolvimento econômico do país, também devem perseguir a questão social. Por isso o 'S' do BNDES”, disse. É uma tremenda falsidade o que diz Temer, bancos públicos nem deveriam existir, bancos públicos só servem para ser assaltados por políticos bandidos e empresários salafrários em conluio com a bandidagem política.


Temer se referia a investimentos em educação e segurança pública e mencionou diretamente a linha de crédito aberta pelo banco para a segurança pública, que tem como meta liberar R$ 5 bilhões aos Estados neste ano. Essa linha é eminentemente política. A afirmação foi feita na posse do ex-ministro Dyogo Oliveira no comando do BNDES, evento que contou com a participação de outros dois potenciais candidatos à Presidência, Henrique Meirelles, que deixa o Ministério da Fazenda, e Paulo Rabello de Castro, que sai do BNDES. Ambos pretendem concorrer à Presidência nas eleições deste ano, além do próprio Temer. Dyogo é o terceiro presidente do BNDES desde que Michel Temer assumiu a Presidência, há quase dois anos (em maio de 2016), após o impeachment da mulher sapiens petista Dilma Rousseff. Em sua posse, ele prometeu acelerar a análise do banco para a concessão de empréstimos, que leva, em média, seis meses. “Com um diferencial entre a taxa de juros Selic e a taxa cobrada pelo banco não tão expressivo, o diferencial será a velocidade”, disse Dyogo: “O BNDES precisa desenvolver produtos mais rápidos". Durante seu período como ministro, disse ele, ajudou a elaborar a linha de crédito para capital de giro do BNDES, que é liberada em 24 horas e foi citada como exemplo de agilidade. Em seu discurso, o novo presidente do BNDES afirmou que o banco terá que se reinventar num cenário de maior contenção fiscal. “Será diferente, não será nem maior, nem menor, será diferente. No passado, BNDES era o único financiador de infra, não é mais assim”, disse. “Temos que rumar para novos horizontes, novas formas de contribuir para o crescimento”.

Na viagem ao Rio de Janeiro, Temer voou com representantes de sua equipe política – o ministro Carlos Marun (Articulação Política) e o líder do governo no Senado, Romero Jucá, que tem influência sobre o Ministério do Planejamento e BNDES. Também acompanharam o presidente os interinos da Fazenda e do Planejamento, Eduardo Guardia e Esteves Colnago, além de Henrique Meirelles. Apesar das mudanças na equipe econômica, Dyogo disse acreditar que a estratégia é a mesma. “Essa é uma equipe nova, que é a mesma de antes. Mesmo time, mesma ideia, todo mundo mantendo a atuação”, afirmou.

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