segunda-feira, 9 de abril de 2018

Rodrigo Maia, o "Bolinha", diz que o Congresso deve definir sobre a prisão em segunda instância, só não diz quando, só faz demagogia

O presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM), conhecido como "Bolinha" (personagem do gibi infantail) afirmou nesta segunda-feira (9) que o Congresso deve assumir a responsabilidade de definir sobre a possibilidade ou não de prisão após decisão de segunda instância. Ele defendeu a tramitação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do deputado Alex Manente (PPS-SP), que inclui expressamente na Constituição essa possibilidade, mesmo com a impossibilidade de votá-la no plenário, em razão da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Ou seja, a manifestação dele é puramente demagógica, porque o Congresso não vai decidir absolutamente nada sobre o assunto. 


“Mesmo com a intervenção, vamos começar a fazer esse debate. Acredito que o local para se resolver esses conflitos, já que há uma posição muito dividida no próprio Supremo, é o Parlamento. É na Câmara dos Deputados e no Senado que devemos avançar neste debate e deixar claro qual o novo marco em relação a esse tema. Votada na comissão, fica pronta para o plenário. Em algum momento a intervenção tem que acabar”, disse ele, após almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro. Políticos são sempre enroladores vagabundos, o papel para definir as leis é deles, mas se recusam a fazer o que a população delegou a eles, e deixam o Brasil entrar em crise institucional. 

O Supremo negou habeas corpus do ex-presidente Lula com base no entendimento de que é possível o início da execução da pena após condenação criminal em segunda instância. A decisão foi tomada com maioria apertada, 6 a 5, e com sinalização de mudança de entendimento caso seja votada ação direta de constitucionalidade sobre o tema. Rodrigo Maia não quis expor sua posição pessoal, sob justificativa de que poderia aparentar uma interferência em futuras decisões no STF. Rodrigo Maia também disse que o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, é o pré-candidato ao governo do DEM. Ele disse que seu pai, o ex-prefeito César Maia, superou as divergências com o antigo aliado e indicou o seu nome para disputar o Palácio Guanabara. 

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