sábado, 28 de abril de 2018

Petrobras amplia conselho e aprova dividendo trimestral


A Petrobras aprovou na quinta-feira (26) mudanças em seu estatuto que aumentam o número de conselheiros e permitem o pagamento de dividendos aos seus acionistas com periodicidade trimestral. As mudanças foram aprovadas em assembleia que teve protestos do lado de fora, contra a política de venda de ativos, e de dentro, contra as mudanças propostas pela atual gestão da companhia. O pagamento de dividendos por trimestre foi proposto após quatro anos seguidos de prejuízos e, portanto, sem remuneração aos acionistas da companhia. As perdas entre 2014 e 2017 foram provocadas principalmente por baixas contábeis em valores de ativos por perdas com corrupção e com a queda dos preços do petróleo no mercado internacional. A partir de agora, os dividendos podem ser calculados a partir do lucro trimestral. A expectativa do mercado é que o pagamento seja feito já a partir do resultado do primeiro trimestre, que será divulgado no dia 7 de maio. Os valores serão descontados do dividendo mínimo anual, que deve ser equivalente a 25% do lucro líquido.

Na assembleia, a empresa aprovou com apoio do governo o aumento, para 11, do número máximo de membros em seu conselho de administração. Atualmente, o limite são dez, mas apenas nove vagas estão preenchidas. As duas novas vagas serão preenchidas por conselheiros independentes, sem ligação com o governo e com a empresa, devido à mudança no estatuto que ampliou de 30% para 40% o número de membros independentes no colegiado. A empresa alega que, assim, melhora a governança -a medida evita que governos futuros indiquem políticos para as novas vagas. Os membros independentes serão escolhidos a partir de lista fornecida por empresa especializada. Com a nova composição, o conselho terá seis membros indicados pelo governo, dois por lista, dois por acionistas minoritários e um pelos trabalhadores.

Na assembleia de quinta-feira, o governo reconduziu cinco conselheiros e indicou três novos: Clarissa de Araújo Lins, que é sócia da consultoria Catavento, Ana Paula Poças Zambelli, ex-vice presidente da empresa de perfuração Maersk Drilling, e José Alberto de Paula Torres Lima, que já passou pela Shell.

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