domingo, 15 de abril de 2018

Banco Central contraria governo paulista e aponta um déficit de R$ 5,4 bilhões em 2014



O Banco Central apurou um déficit primário - sem considerar despesas com juros - de R$ 5,4 bilhões nas contas paulistas em 2014, ano em que Geraldo Alckmin conquistou a reeleição. Isso significa que, naquele ano, os gastos com pessoal, custeio, programas sociais e investimentos superaram a arrecadação. O resultado contabilizado pelo Banco Central destoa dos números do governo paulista, que apontam superávits durante toda a administração de Alckmin - em 2014, de R$ 4,6 bilhões. O presidenciável tucano, inclusive, exibe os dados como o que chama de "cartão de visita" de sua gestão. A explicação é que as metodologias são diferentes. Os governos estaduais calculam o resultado primário levando em conta todas as despesas liberadas do Orçamento do ano, mesmo que o pagamento não tenha sido ainda realizado. Já a conta do Banco Central reflete todos os desembolsos efetivos do período, mesmo que sejam compromissos remanescentes de anos anteriores. Em 2014, Alckmin promoveu o maior volume de pagamentos de contas pendentes. Foram R$ 33,2 bilhões, em valores atualizados. Não por acaso, os investimentos atingiram naquele ano o recorde de R$ 18 bilhões, dos quais R$ 5,6 bilhões em compromissos de Orçamentos passados. Essa modalidade de despesa leva mais tempo para ser concluída, o que muitas vezes ocorre em final de mandato e época de eleições. (FSP)

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