quarta-feira, 18 de abril de 2018

Alckmin diz que Aécio não deveria concorrer; o playboy reage dizendo que isso será resolvido em Minas Gerais

Depois de o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) declarar que o playboy mineiro Aécio Neves (PSDB-MG) não deveria disputar eleição neste ano, o senador mineiro respondeu sugerindo que a decisão não compete a ele. "Isso será resolvido em Minas Gerais, como sempre foi, pelos mineiros, no tempo correto, levando obviamente em consideração todas as circunstâncias", disse o playboy Aécio Neves, uma das figuras mais perniciosas da política brasileira que emergiu na cena nacional após 1985. Mais cedo, nesta quarta-feira (18), Alckmin disse à rádio Bandeirantes: "É claro que o ideal é que ele não seja candidato, é evidente". O playboy Aécio Neves se tornou réu, acusado de corrupção e obstrução de Justiça em decorrência da delação da propineira JBS e dos irmãos açougueiros bucaneiros Joesley e Wesley Batista. O senador mineiro afirmou que ainda não decidiu se disputará a eleição e, em caso afirmativo, qual cargo. "É uma decisão coletiva que vamos tomar no momento certo em função do quadro eleitoral de Minas Gerais", reiterou.


Há uma preocupação no PSDB de que o episódio envolvendo o playboy Aécio Neves, que conquistou 51 milhões de votos na eleição presidencial de 2014, contamine a campanha de Geraldo Alckmin. E vai contaminar, sem qualquer sombra de dúvida. Aliás, já contaminou. O presidenciável tucano, que saiu da mira imediata da Lava Jato ao ter o inquérito encaminhado à Justiça Eleitoral diferenciou Aécio Neves, que ainda será julgado, do bandido corrupto e ex-presidente Lula (PT), que foi preso após condenações em duas instâncias. "Tem uma tendência de se dizer que todo mundo é igual. Não é igual, é bem diferente", afirmou Alckmin. O playboy mineiro Aécio Neves se defendeu citando Alckmin. "Como diz o próprio governador, não podemos tratar coisas diferentes como se fossem iguais. Esse episódio JBS nada tem a ver com Lava Jato, nada tem a ver com assalto à Petrobras ou a empresas públicas. Não há dinheiro público envolvido nisso", disse. "O que houve, e eu acredito que nesse momento agora das investigações e do processo isso vai ficar claro, foi uma criminosa armação entre os irmãos Batista, em busca dos benefícios da sua delação, e setores do Ministério Público, que na verdade buscaram transformar uma relação privada, sem qualquer contrapartida, em algo com aparência de ilegalidade". 

A ação contra o playboy mineiro Aécio Neves decorre de gravação feita em março de 2017 na qual o tucano pede R$ 2 milhões ao açougueiro bucaneiro corrupto Joesley Batista, da propineira JBS. O valor foi entregue em parcelas a pessoas próximas ao tucano, segundo a acusação. A Polícia Federal chegou a filmar a entrega de dinheiro vivo a um primo dele. Sobre a campanha de Alckmin, que tem ao redor de 8% da intenção de voto segundo o Datafolha, Aécio Neves disse acompanhar "o esforço que o ex-governador vem fazendo para fortalecer a sua candidatura".

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