domingo, 25 de março de 2018

Polícia Federal aponta propina de R$ 50 milhões na meganegociata petralha da refinaria de Pasadena


Os peritos da Polícia Federal apontam em dois laudos o pagamento de US$ 15 milhões (quase R$ 50 milhões) em propina para agentes públicos acerca da aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. O negócio foi realizado em 2005, durante o primeiro governo do bandido corrupto, lavador de dinheiro, chefe da organização criminosa petista Lula. A refinaria foi paga em duas prestações, no valor total de US$ 1,179 bilhão, quase R$ 4 bilhões na cotação atual da moeda. No documento, os peritos indicam a necessidade de quebra de sigilo bancário e fiscal de pessoas envolvidas na aquisição da refinaria. Entre as pessoas citadas estão a ex-presidente e mulher sapiens petista Dilma Rousseff, que na época comandava o Ministério de Minas e Energia; o ex-presidente da Petrobras, o petista Sérgio Gabrielli; e o ex-ministro "porquinho petista" Antonio Palocci.

Ainda de acordo com a perícia realizada pela Polícia Federal, o ágio na compra da refinaria de Pasadena foi de US$ 741 milhões, “cerca de 783% acima do valor de avaliação dos ativos nas condições em que se encontrava” a refinaria. Desse total, no máximo US$ 324 milhões teriam fundamento econômico, segundo os peritos. A perícia aponta que o dinheiro da propina foi transferido de uma conta da Suíça para a Iberbrás, offshore operada pelo empresário Gregorio Marin Preciado, que é casado com uma prima do senador José Serra e que ajudou em campanhas eleitorais do PSDB. Da offshore, o valor seguiu para outras contas. O operador e delator na Lava Jato, Fernando Soares, conhecido como Baiano, recebeu US$ 7,5 milhões. 

Outros beneficiados, segundo a Polícia Federal, foram funcionários corruptos da grande fábrica de corrupção que é a Petrobras, como Luis Carlos Moreira da Silva, ex-gerente executivo de desenvolvimento de negócios da Petrobras; Rafael Mauro Comino, ex-gerente de mercado e coordenador da negociação para aquisição da refinaria; e o ex-funcionário da petroleira Cezar de Souza Tavares. 

A quebra de sigilo indica que funcionários da Petrobras receberam depósitos sem origem, em espécie, e de valores que oscilaram entre R$ 6 mil e R$ 10 mil. Só Luis Carlos Moreira da Silva recebeu R$ 444 mil. O patrimônio de Silva saiu de R$ 438 mil, em dezembro de 2005, para R$ 12 milhões no final de 2013. Dos R$ 27 milhões em rendimentos declarados por Silva, R$ 18 milhões vieram da Cezar Tavares Consultores, microempresa do ex-funcionário da Petrobras que teve mais de R$ 131 milhões em receita em cerca de 12 anos de funcionamento. Comino também recebeu dinheiro da mesma firma; cerca de R$ 17 milhões.

Um funcionário da Petrobras, Agosthilde Mônaco de Carvalho, se tornou colaborador da Lava Jato e confirmou a propina de US$ 15 milhões – US$ 2,6 milhões destinados a ele. Segundo Carvalho, parte do dinheiro foi recebida no escritório de Silva.

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