quarta-feira, 7 de março de 2018

Ex-presidentes da Colômbia e da Bolívia estão presos no aeroporto de Havana pela ditadura comunista da dinastia Castro


Os ex-presidentes da Colômbia, Andrés Pastrana, e da Bolívia, Jorge Quiroga, estão presos em uma sala do aeroporto internacional de Havana após sua chegada a Cuba para receber amanhã o Prêmio Payá, entregue pela Rede Latino-Americana de Jovens pela Democracia. Pastrana e Quiroga aterrissaram na capital cubana em um vôo da Avianca procedente de Bogotá, mas as autoridades migratórias do ilha comunista comandada por uma ditadura da dinastia Castro não permitiram sua saída do aeroporto, disse Rosa María Payá, filha do falecido dissidente cubano Oswaldo Payá (1952-2012). A jovem, que preside a rede que entrega o prêmio, foi pessoalmente ao aeroporto para receber os ex-presidentes, que viajaram para a ilha para receber o prêmio Oswaldo Payá em representação da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA), formada por 37 ex-presidentes e ex-chefes de governo.

"Confio em que finalmente lhes deixem sair", afirmou Rosa María, que espera que Cuba ceda à pressão provocada pela divulgação nas redes sociais da retenção de Pastrana e Quiroga, que fez com que a Rede Latino-Americana de Jovens pela Democracia iniciasse uma campanha com a hashtag "#Libertem os presidentes". Rosa María falou que as autoridades da migração cubana lhe disseram que "em breve" darão uma explicação sobre os motivos pelos quais os ex-governantes foram retidos.

O ex-presidente colombiano Pastrana denunciou na sua conta do Twitter que ele e Quiroga se encontram "detidos pelo governo cubano no aeroporto de Havana". O tweet vai acompanhado de uma fotografia na qual ambos posam sorridentes sentados em uma poltrona no que parece ser um salão de protocolo do aeroporto. Rosa María Payá revelou ainda que para a cerimônia de entrega do prêmio em memória do seu pai confirmaram a presença cerca de uma dezena de convidados que devem viajar hoje a Cuba, embora ela não tenha antecipado suas identidades por precaução. Também pretende comparecer à entrega do prêmio o secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que solicitou um visto para viajar a Cuba, embora ainda "siga esperando uma resposta", segundo informou um de seus assessores.

É improvável contudo que a ditadura comunista cubana conceda o visto ao secretário da OEA. O jornal oficial "Granma" publicou hoje um artigo no qual deixa claro que Almagro não é bem-vindo em Cuba e tacha sua visita de uma "provocação" que busca "gerar instabilidade e prejudicar a imagem internacional do país".

No ano passado, na primeira edição do prêmio Payá, Almagro também quis viajar a Havana para receber o prêmio, mas as autoridades cubanas lhe negaram a entrada. Na ocasião também foi negada a entrada do ex-presidente mexicano Felipe Calderón e da ex-ministra chilena Mariana Aylwin, que tinham sido convidados à entrega do prêmio.

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