quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

PSDB decide disputar o governo de Minas Gerais para facilitar a tentativa do playboy Aécio Neves de reeleição ao Senado Federal

Reunida na noite desta terça-feira (20), em Brasília, a bancada de deputados federais do PSDB de Minas Gerais decidiu lançar candidato próprio ao governo do Estado com o objetivo de assegurar palanque para que o senador Aécio Neves tente a reeleição em outubro. Segundo colocado na disputa à Presidência da República em 2014, o senador tucano sofreu um forte revés ao ser gravado pelo empresário açougueiro bucaneiro Joesley Batista pedindo R$ 2 milhões. Em junho de 2017, a Procuradoria-Geral da República denunciou o senador por corrupção e obstrução da Justiça. Turma do Supremo Tribunal Federal chegou a afastá-lo do mandato e determinar o seu recolhimento domiciliar noturno. Em votação apertada (44 a 26), porém, o Senado derrubou essas medidas cautelares em outubro. A decisão de lançar candidatura própria em Minas Gerais se deu após fracassar a tentativa de o PSDB fechar uma aliança com o DEM, que deve lançar o deputado federal Rodrigo Pacheco ao governo do Estado. 

A expectativa dos tucanos era que essa chapa abrigasse a candidatura do playboy Aécio Neves. O nome do candidato tucano ao governo ainda não foi definido, mas pode ser também um deputado, Domingos Savio ou Marcus Pestana. "Até 7 de abril muita coisa pode acontecer em termo de desincompatibilização de atores importantes e trocas de partidos. O jogo só está começando, mas os deputados federais tucanos resolveram se unir para ter voz ativa nas negociações. Consideram que precisam assegurar palanque forte para Geraldo Alckmin em Minas Gerais", disse o deputado Marcus Pestana. Como senador, o playboy Aécio Neves tem foro privilegiado e investigações relativas a ele tramitam no Supremo Tribunal Federal. Caso não consiga a reeleição, ele passa a ser alvo da primeira instância.

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