terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O bandido petista mensaleiro Marcos Valério se casou de novo, desta vez na cadeia


Marcos Valério Fernandes de Souza, de 58 anos, se casou na sexta-feira passada, dia 26, com a baiana Aline Couto Chaves, de 25 anos, em um presídio em Sete Lagoas (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. A união foi confirmada pela defesa do bandido corrupto condenado no Mensalão do PT. Após um ano de espera, a cerimônia foi realizada na Associação de Proteção e Amparo aos Condenados (Apac), onde atualmente Marcos Valério cumpre pena de 37 anos e 5 meses de prisão. O casal já se relacionava desde 2013, no período em que o ex-sócio das agências SMP&B e DNA - já separado, mas não oficialmente, de sua primeira mulher, Renilda Santiago -, morava em uma fazenda no município de Caetanópolis, na região central de Minas Gerais. Na época, Renilda e Aline protagonizaram uma disputa pela posse da Fazenda Santa Clara, que se transformou em caso de polícia. O escândalo de compra de votos no Congresso durante o primeiro mandato do bandido corrupto Lula expôs também o matrimônio de Marcos Valério. Em um dos capítulos do Mensalão do PT, Renilda, bastante abalada emocionalmente, prestou um longo depoimento na CPI dos Correios.

Marcos Valério passou a se relacionar com a jovem Aline depois de ser condenado - a maior pena do Mensalão do PT. O casamento havia sido previsto inicialmente para dezembro de 2016 porque o divórcio com Renilda saiu em outubro daquele ano, conforme o advogado de Marcos Valério, Jean Kobayashi. A cerimônia na Apac ocorreu com a presença de parentes do noivo e da noiva. Da parte de Marcos Valério, compareceram a filha, o genro e o neto. Representantes de um cartório de Sete Lagoas foram até a associação e realizaram o casamento. "Foi muito simples", disse Kobayashi. 

O atraso na data do casamento ocorreu porque Marcos Valério queria estar em um estabelecimento em melhores condições para a cerimônia. Ele cumpria pena na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), desde 2014. Em julho do ano passado, foi transferido para a Apac de Sete Lagoas. Ao contrário das penitenciárias, nas Apacs os condenados não usam uniforme e, em parte dos casos, ficam com as chaves das celas. Os seguranças não trabalham armados. Marcos Valério tenta há dois anos firmar um acordo de delação premiada com autoridades da Lava Jato, mas sem sucesso.

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