sábado, 27 de janeiro de 2018

Novo balanço aponta alta de 44,5% nas mortes por febre amarela em São Paulo


As mortes por febre amarela confirmadas no Estado de São Paulo cresceram 44,5%, segundo balanço divulgado no início da noite de sexta-feira (26) pela Secretaria Estadual de Saúde. O número, que considera registros feitos desde janeiro do ano passado, saltou de 36 para 52 desde o último levantamento, realizado há uma semana. Com isso, o número de casos confirmados também cresceu, de 81 para 134, no período – alta de 65,4%. O destaque ainda é a cidade de Mairiporã, na região metropolitana, que concentra 57,4% dos casos, chegando a 77. Assim como no levantamento anterior, Mairiporã, Atibaia (17) e Amparo (5) somam três quartos dos casos no Estado. As outras cidades paulistas com registro da doença são: Águas da Prata, Américo Brasiliense, Batatais, Bragança Paulista, Caieiras, Campinas, Cotia, Itapira, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itatiba, Itapecerica da Serra, Jarinu, Jundiaí, Mococa, Cássia dos Coqueiros, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Piedade, Santa Cruz do Rio Pardo, Santa Lucia, São João da Boa Vista e Tuiuti. Com o crescente número de casos de febre amarela, os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro iniciaram na quinta-feira (25) a campanha emergencial de vacinação, com o uso da dose fracionada –a Bahia também fará parte da nova mobilização, mas entre os dias 19 de fevereiro a 9 de março.

Em São Paulo, a campanha acontece em 53 cidades, além de 20 distritos da capital paulista, e já imunizou 521.370, em menos de dois dias. Segundo a secretaria, 502.052 paulistas receberam a dose fracionada e 19.318 receberam a dose padrão. A meta é vacinar 9,2 milhões de pessoas até 17 de fevereiro. Fracionar a vacina foi a estratégia adotada pelo Ministério da Saúde para conseguir imunizar um maior número de pessoas. Com 0,1 ml, a dose fracionada tem o mesmo efeito que a padrão (0,5 ml), embora seu tempo de cobertura seja menor. Quem for vacinar com ela deve tomar nova dose em ao menos oito anos. Apesar da eficácia da dose fracionada, alguns grupos ainda estão recebendo a normal devido à falta de estudos sobre o efeito da dose menor neles. É o caso de crianças de 9 meses a 2 anos incompletos, grávidas, pessoas que terminaram tratamento de quimioterapia ou com corticoides em doses elevadas. A expectativa da prefeitura é que toda a cidade seja imunizada até o final de maio.

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