terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Dívida da Petrobras no fim de 2018 será 2,5 vezes superior à geração de caixa, diz Pedro Parente


O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que a estatal deverá fechar o ano de 2018 com a dívida líquida 2,5 vezes superior à geração de caixa. A previsão foi dada durante apresentação do Plano de Negócios 2018-2022, que prevê US$ 74,5 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos. Atualmente, a dívida líquida da Petrobras é de US$ 88 bilhões, 3,2 vezes superior à geração de caixa, segundo os dados referentes ao terceiro trimestre deste ano. Pela previsão apresentada por Pedro Parente, o endividamento líquido da empresa deverá cair para US$ 77 bilhões. Parente afirmou ainda que, até 2022, a Petrobras alcançará a média das principais empresas de óleo e gás do mundo na questão da dívida líquida, chegando à "saúde financeira". "No horizonte do nosso plano, antecipo que a gente possa estar na média das principais empresas, e essa média hoje é de em torno de 1,5 ou 1,6 a geração operacional de caixa", explicou.

O plano de negócios da Petrobras prevê investimentos de US$ 74,5 bilhões para o período entre 2018 e 2022, o que representa uma alta de 0,5% em relação ao valor previsto no plano anterior (2017 a 2021), de US$ 74,1 bilhões. Em média, a Petrobras projeta investir US$ 14,9 bilhões por ano até 2022. O valor fica abaixo da média registrada entre 2012 e 2016, que foi de US$ 33 bilhões anuais, conforme dados da companhia. A Petrobras projeta, ainda, um aumento de cerca de 30% na produção de petróleo e gás no período do programa. Assim, a estatal sairia de um volume de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2018 para 3,55 milhões de boed até 2022.

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