quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Chuva causa alagamentos e estragos em 20 cidades de Santa Catarina; Florianópolis está submersa, tomada pela água e pela merda; dois morrem e dois estão desaparecidos

Bairro Rio Tavares, em Florianópolis, tem vários pontos de alagamento

A chuva causa estragos em Florianópolis e outras 19 cidades catarinenses entre a quarta-feira (10) e manhã desta quinta-feira (11), informou a Defesa Civil de Santa Catarina. Na capital, a orientação da Defesa Civil municipal é que os moradores evitem sair de casa. A capital decretou situação de emergência, assim como as cidades de Porto Belo e Itapema, ambas no Litoral Norte catarinense. Foram registrados danos em todo o Estado, principalmente em rodovias e construções, além de alagamentos e vias com trânsito intenso. Abrigos foram abertos. Uma menina e um homem de 59 anos morreram e outros dois homens estão desaparecidos. Um deles é de origem haitiana. Em 48 horas, o volume de chuva em Florianópolis chegou a 400 mm, ultrapassando duas vezes o previsto para o mês inteiro. O volume normal previsto para janeiro era de 190 mm. 

Uma menina de 8 anos morreu e a irmã dela de 13 anos ficou ferida em São João Batista, na Grande Florianópolis, depois de uma árvore cair em cima do telhado da garagem na quarta-feira. Um homem de 59 anos também morreu, segundo a Defesa Civil e a Polícia Militar, após sofrer infarto e bater com a cabeça, no bairro Itacorubi. Por alagamentos, um homem de 34 anos está desaparecido desde a madrugada de quinta-feira após ter caído em um bueiro em Balneário Camboriú. 

Os bombeiros finalizaram as buscas desta quinta-feira pelo rapaz por volta das 16 horas. “Foram feitos sobrevoos com helicóptero, com uso de drones, foi varrida a parte do mar com uma moto aquática, e foi feita a porção inicial da tubulação. Na sexta-feira, a única coisa que resta é fazer a porção final da tubulação. Depois disso, a gente tem que aguardar, porque não tem mais nenhuma ação pra fazer de busca”, explicou o tenente Walter Pereira de Mendonça Neto. Segundo a Defesa Civil, um homem também é procurado no Morro do Quilombo, em Florianópolis. Testemunhas dizem ter visto ele sendo arrastado pela correnteza. 


Ainda segundo a Defesa Civil, até as 16h30 desta quinta, 485 pessoas estavam desalojadas e cinco desabrigados. Ao menos 3.751 pessoas foram afetadas diretamente pelas chuvas, 937 residências tiveram danos. 


Além da capital, os municípios de Imbituba, Braço do Norte, São José, São João Batista, Biguaçu, São Francisco do Sul, Penha, Itapema, Lauro Muller (pelos danos na Serra do Rio do Rastro), Porto Belo, Balneário Camboriú, Itajaí, Bombinhas, Navegantes, Taió, Camboriú, Governador Celso Ramos, Palhoça e Tijucas registraram problemas por causa da chuva e contam no último balanço da Defesa Civil estadual, divulgado às 10h44. 


Em Florianópolis, diversas ruas e até garagens de prédios ficaram totalmente alagadas. Residências ficaram sem energia em alguns bairros e até o transporte coletivo registrou problemas. A Prefeitura de Florianópolis estava em estado de alerta até a quarta-feira e nesta quinta-feira decretou situação de emergência. 


Segundo a Prefeitura de Florianópolis, a Defesa Civil está priorizando o monitoramento de áreas com mais risco e as vias públicas. Dois abrigos foram abertos, na Passarela Nego Quirido, no Centro, e na Escola Dionícia Maria da Costa, no Saco Grande. Houve queda da ponte da Estrada Intendente Antônio Damasco, no bairro Ratones, e famílias ficaram ilhadas, segundo os bombeiros. Moradores precisaram de auxílio dos bombeiros também no Canto da Lagoa. 

Na SC-406, na Barra da Lagoa, houve queda de barreira na rodovia. Por volta das 10h30, equipes da prefeitura estavam fazendo retirada de árvores e terra da pista. A pista está liberada parcialmente para o trânsito. 


No bairro Itacorubi, por exemplo, moradores de prédios tiveram seus carros inundados. Na Lagoa da Conceição e no Santa Mônica moradores também relataram problemas. No Sul da Ilha, os ônibus do Consórcio Fênix que atendem a região não conseguiram sair das garagens por causa da água. Muitas pessoas estavam nos pontos de ônibus desde às 5 horas. 


Por volta das 5h40, muitos motoristas faziam fila no acesso sul da Base Área de Florianópolis para tentar passar, já que a SC-405, no Rio Tavares, estava alagada. O trânsito na área militar foi liberado às 6h30. Às 12h20 desta quinta-feira (11), a prefeitura divulgou em uma rede social que o prefeito Gean Loureiro acertou com o comando da Base Aérea a liberação dos dois sentidos da avenida no Sul da Ilha. O trânsito foi permitido dentro da Base nesta quinta-feira, das 13h às 19h e nesta sexta-feira (12), das 7 às 19 horas. 


Muitas residências também ficaram sem luz em diversos bairros da capital. Às 5h50, pelo menos 11,7 mil unidades consumidoras estavam sem energia. Às 10h40, eram 2,3 mil unidades sem luz. Segundo o gerente da divisão técnica da Grande Florianópolis da Celesc, Adriano Luz, até a noite o fornecimento de energia deveria ser normalizado na maioria dos bairros, podendo ficar alguns problemas pontuais para sexta-feira. 


Principal acesso ao Norte da Ilha, a SC-401 registrava muita fila no sentido centro por causa de pontos de alagamentos. Um carro precisou ser empurrado por volta das 7 horas e complicou ainda mais a situação do trânsito. 


No bairro Santa Mônica, em razão do acúmulo de umidade no forro de gesso provocado pela chuva, parte do piso G3 do Shopping Iguatemi Florianópolis precisou ser isolada para revisão e manutenção.

Em Porto Belo, no Litoral Norte catarinense, a prefeitura informou que decretou situação de emergência por causa da chuva. Pelo menos 50 famílias estão desabrigadas e foram para um abrigo aberto na cidade. O acesso ao município de Bombinhas, no Morro de Bombas, teve deslizamento de terra e ficou parcialmente interditado. Segundo a Defesa Civil estadual, até as 10h30, os decretos de Porto Belo e de Florianópolis não tinham sido repassados ao Estado. Ainda no Litoral Norte, Itapema também teve problemas. Pelo menos 60 ruas tiveram alagamentos e 1,5 mil pessoas foram afetadas pela chuva, conforme a prefeitura da cidade. 



Em Florianópolis já choveu 400 mm nas últimas 48 horas, segundo a Secretaria de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina. Isso é pelo menos duas vezes o previsto para todo mês. Cidades como Penha e São Francisco do Sul também tem altos acumulados de chuva.


Um comentário:

Unknown disse...

E o presidente temer e seus indigestos e maus caráter ministros só tem a dizer sobre a situação do país que já melhorou muito e esta maravilhosa, já não temos desempregos etcetera e tal; nem a febre amarela que praticamente estava extinta em nosso território não é problema! Contanto que ele não vá fazer companhia ao repugnante e asqueroso luizinaçoluladasilva!