sábado, 27 de janeiro de 2018

Banco Central estima que entrarão 80 bilhões de dólares em investimentos diretos no Brasil

O Banco Central mantém a estimativa de crescimento do investimento direto estrangeiro no País para 2018, mesmo em ano eleitoral, de US$ 80 bilhões. De acordo com balanço divulgado na sexta-feira (26), esses investimentos fecharam 2017 em US$ 70,3 bilhões, valor abaixo dos US$ 75 bilhões projetados pelo Banco Central para o ano. Foi também o menor patamar desde 2013, quando foram investidos US$ 69,7 bilhões no País, informou o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha. Apesar das quedas de 2017, o Banco Central projeta crescimento para 2018. Na avaliação de Rocha, o resultado de 2017 "é sólido e bastante significativo". O valor, segundo ele, fechou abaixo do esperado porque "alguns dos investimentos que imaginávamos que ocorreriam em dezembro não ocorreram. Ainda temos a perspectiva que ocorram ao longo do ano", disse

Os sinais de melhora ainda não devem ser sentidos em janeiro. Até o dia 24 desse mês, o investimento direto estava em US$ 2,4 bilhões. O Banco Central estima que o mês feche com um ingresso de US$ 3,5 bilhões no setor produtivo, valor abaixo de anos anteriores. Em 2017, que foi um ano atípico, foram investidos US$ 11,5 bilhões no mês, em 2016, US$ 5,4 bilhões, e em 2015, US$ 5,8 bilhões. No total, em 2017, as contas externas fecharam o ano com saldo negativo. O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do País com o mundo, ficou negativo em US$ 9,8 bilhões. O valor equivale a 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB). Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir esse déficit com investimentos ou empréstimos no Exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no País, devido à aplicação no setor produtivo.

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