segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Açougueiros bandidos bucaneiros da J&F estão a um passo de confessar o crime de "insider trading"

O acordo de leniência ficou em xeque após os irmãos terem sido presos pela Polícia Federal em investigação que apurou que eles se valeram de informações da própria delação premiada deles para obterem lucros milionários no mercado financeiro. Em seguida, os dois foram denunciados pelo Ministério Público Federal paulista pelo episódio e, em meados de outubro, tornaram-se réus por uso indevido de informação privilegiada (insider trading) e manipulação de mercado.

Representantes do grupo e procuradores da República de Brasília e de São Paulo já têm tido conversas informais a fim de discutirem os termos de uma eventual renegociação do acordo de leniência. Segundo a fonte do MP, o valor de 10,3 bilhões de reais em multas é um “piso” para o início da repactuação. Mas essa fonte destacou que o novo acordo poderá envolver outras cláusulas de obrigação da leniência para a J&F, uma vez que é preciso ter em conta a capacidade de pagamento da holding e que o interesse dos envolvidos não é de trazer dificuldades de financiamento para a empresa.

As cláusulas de um novo acordo precisam ser acertadas entre as várias instituições envolvidas nas conversas. Se as negociações avançarem, a expectativa é que um grupo específico para lidar com esse assunto seja criado, disse a fonte. A avaliação da fonte é que, embora a pena para esse tipo de crime em caso de condenação seja baixa e geralmente é convertida em serviços comunitários, o processo pode abrir margem para que a leniência da J&F seja contestada ou até mesmo rescindida. Por isso, um novo acordo, com uma confissão de novos delitos, poderia ser mais mais vantajoso.

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