terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Acionistas da Petrobras aprovam venda da Liquigás

A Petrobras confirmou que seus acionistas aprovaram por maioria, em assembleia realizada nesta terça-feira (31), a venda da Liquigás Distribuidora para o grupo Ultra. A venda da Liquigás para a Ultragaz, controlada do grupo Ultra, por cerca de R$ 2,7 bilhões foi formalizada em novembro de 2016. A estatal controlava 100% do capital da Liquigás, que atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido com gás de cozinha. Conforme a Petrobras, a venda faz parte do Plano de Desinvestimentos 2015-2016 e está alinhada ao seu Plano Estratégico, que visa otimizar o portfólio de negócios, com foco em óleo e gás, saindo integralmente das atividades de distribuição de GLP. Devido a liminar concedida pela 2ª Vara da Justiça Federal de Sergipe, em ação popular, determinando a suspensão da venda da Companhia Petroquímica de Pernambuco (Petroquímica Suape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) à mexicana Alpek, o item da pauta que trataria do assunto foi retirado da ordem do dia.

Bombardeios russos mataram mais de 11 mil pessoas desde o início de operações na Síria, em 2015

Mais de 11 mil pessoas morreram na Síria pelos bombardeios da aviação da Rússia, aliada do governo de Damasco, desde o início de suas operações no país árabe em 30 de setembro de 2015, informou nesta segunda-feira (30) o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Isso é nada diante dos 62 mil brasileiros que são mortos por ano a bala e facada. Dos 11.048 mortos contabilizados, pelo menos 4.751 eram civis, entre eles 1.160 menores de idade e 673 mulheres. Os ataques da força aérea russa também causaram a morte de pelo menos 3.094 membros do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Além disso, ocasionaram a baixa de 3.203 milicianos de facções rebeldes e islâmicas, entre elas a Frente da Conquista do Levante (ex-filial síria da Al Qaeda) e o Partido Islâmico Turcomano. O Observatório lembrou que a Rússia usou em seus ataques bombas de fragmentação carregadas com uma substância denominada termite, composta de pó de alumínio e óxido de ferro, que provoca queimaduras porque sua combustão dura cerca de três segundos após ser lançada. Moscou é um dos principais aliados do governo de Damasco e patrocinou, junto com a Turquia, a trégua atualmente vigente no território sírio desde 30 de dezembro.

Rafael Greca diz que prefeitura de Curitiba deve R$ 1,2 bilhão

A Prefeitura de Curitiba tem uma dívida de R$ 1,27 bilhão, segundo infomou o prefeito Rafael Greca (PMN), em entrevista nesta segunda-feira (30). No montante, há débitos com a previdência dos servidores municipais, com empresas prestadoras de serviço e hospitais. “É um sentimento da minha grave responsabilidade e a minha obrigação de pedir aos curitibanos, se eu tomar medidas amargas, entendam que eu estou fazendo isso é para devolver a nossa prefeitura capacidade de bem servir”, afirmou o prefeito Greca. As informações foram repassadas durante a apresentação de um balanço financeiro da prefeitura. Segundo a administração municipal, a dívida com fornecedores chega a R$ 800 milhões.


Vitor Puppi, secretário municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento, citou algumas dívidas:
- Parcelamento do consórcio do lixo – R$ 30 milhões
- Cohab – R$ 40 milhões
- Empresa de limpeza urbana – R$ 121 milhões
- Hospitais e serviços hospitalares – R$ 100
- Obras públicas - R$ 90 milhões
- Merenda escolar – R$ 40 milhões
- Previdência Municipal - R$ 400 milhões
“O município vai pagar a dívida. Obviamente, a determinação do prefeito é que se pague primeiro os credores menores, os credores que sofrem mais com a inadimplência. E, após isso, nós vamos negociar com os credores maiores, mas assim que o município tiver fôlego”, disse Puppi. Ainda conforme os dados apresentados, R$ 600 milhões estão sem empenho, ou seja, não houve uma reserva financeira para cobrir a despesa. Segundo o prefeito, a prefeitura terá que fazer cortes: "Não podemos continuar gastando mais do que arrecadamos”. De acordo com a prefeitura, enquanto a arrecadação subiu 28%, as despesas subiram 70%. O prefeito não exemplificou como devem ser implantadas essas "medidas amargas". Ele afirmou que o cálculo está sendo feito: "São medidas de economia, de medidas de redução de custeio e são medidas de redução de subsídios. Inclusive, em relação ao transporte coletivo". Greca disse também que talvez ele não seja tão "exuberante" quanto na outra gestão quando se fala em obras públicas. O prefeito destacou, contudo, que não deve haver cortes nas áreas de Saúde e Educação.

Trump aumenta apoio dos Estados Unidos a facções que combatem a organização terrorista Estado Islâmico na Síria


Milícias curdas e árabes que combatem a organização terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria afirmaram ter recebido apoio militar mais intenso dos Estados Unidos desde a posse do presidente Donald Trump, inclusive com a chegada de veículos blindados. Durante a administração do presidente Barack Obama, as Forças Democráticas da Síria (FDS) – coalizão de grupos das etnias curda e árabe que atua no norte da Síria – vinham recebendo apoio limitado, como munições e armas leves. 


Atualmente, as FDS participam de uma campanha por solo para cortar as rotas de acesso do EI à cidade de Raqqa, bastião dos extremistas na Síria. Os combatentes têm apoio de ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. "As FDS receberam pela primeira vez blindados americanos. Isso aconteceu após a chegada ao poder da administração do Donald Trump", declarou um porta-voz da coalizão. "Ocorreram encontros entre as FDS e representantes da nova administração, que nos prometeram mais apoio, em particular para a batalha por Raqqa", acrescentou o porta-voz. O apoio do governo Trump às facções armadas na Síria faz parte da estratégia americana de combate ao terrorismo. O republicano afirma que uma das prioridades de seu governo é "acabar com o Estado Islâmico". Apesar de sinalizar maior apoio às milícias que combatem o EI na Síria, Trump indica que irá retirar o apoio dos EUA aos grupos rebeldes que lutam na Síria há quase seis anos para derrubar o ditador Bashar al-Assad. Durante a campanha eleitoral, o republicano disse que uma revolução na Síria poderia levar ao poder "alguém tão mau" quanto Assad. O incremento no apoio a grupos armados na Síria pode criar tensões com a Turquia, aliada dos EUA na Otan (aliança militar ocidental). O governo de Ancara mantém operações na Síria para combater a milícia curda YPG – que integra as FDS – pois receia que o fortalecimento dos curdos na Síria pode estimular os grupos separatistas da mesma etnia que mantêm uma insurgência no sul da Turquia.

Deutsche Bank é multado em quase US$ 630 milhões por lavagem de dinheiro russo

Autoridades de Nova York e da Grã-Bretanha aplicaram multas de quase US$ 630 milhões ao Deutsche Bank por lavagem de dinheiro procedente da Rússia. Reguladores de Nova York disseram que o esquema movimentou R$ 10 bilhões entre 2011 e 2015. Segundo eles, o banco alemão concordou em pagar US$ 425 milhões pela prática fraudulenta, enquanto autoridades britânicas aplicaram uma penalidade em torno de US$ 200 milhões. O esquema envolvia a compra de ações de clientes em Moscou, em rublos (moeda russa), e vendia essas mesmas ações pouco depois usando a sede do banco em Londres, disseram as autoridades de Nova York.

Trump assina decreto presidencial reduzindo regulamentações

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto nesta segunda-feira (30) com o objetivo de reduzir dramaticamente as regulamentações federais. O decreto exige que as agências federais e o departamento executivo cortem duas regulamentações existentes para cada nova regra que for adotada. "Estamos cortando regulamentações para pequenos negócios massivamente, e para os grandes negócios, mas essas são diferentes", disse Trump ao assinar o decreto no Salão Oval da Casa Branca cercado de um grupo de proprietários de pequenas empresas. "Esta será a maior lei do tipo já vista em nosso país. Haverá regulamentação, haverá controle, mas será um controle normalizado, em que você pode abrir e expandir seu negócio muito facilmente", acrescentou. Segundo o texto assinado por Trump, pelo resto do ano fiscal de 2017, o aumento do teto de novas regulamentações de todas as agências não deverá passar de 0 dólar. De acordo com o texto, entende-se por “regulamentação” ou “regra”, uma declaração de uma agência de aplicação geral ou particular e de efeito futuro projetado para implementar, interpretar ou prescrever uma lei ou uma política, ou para descrever os procedimentos ou práticas requeridos por uma agência. Mas não inclui regulamentações relacionadas a forças armadas, segurança nacional, relações exteriores, ou a organização, gestão e funcionários de agências. Trump, ele mesmo um empresário que se tornou político, fez campanha prometendo reduzir as regulamentações federais, que disse sobrecarregar os empresários norte-americanos. 

Disputa na Câmara já tem cinco candidatos e quatro ações no STF


A semana que definirá o novo presidente da Câmara dos Deputados começou com movimentação no tabuleiro que tem como principais concorrentes o atual mandatário da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), e o líder do PSD, Rogério Rosso (DF) – estes últimos dois nomes do Centrão, bloco informal que reúne 13 partidos e cerca de 220 deputados. A votação no plenário acontece na próxima quinta-feira. Ontem, diante da pressão interna para não apoiar deputados que votaram pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu que a oposição articule uma candidatura ao comando da Câmara. Nesta segunda-feira, a eleição ganhou um quinto concorrente, Júlio Delgado (PSB-MG), e a quarta ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a candidatura de Maia. No mandado de segurança impetrado nesta segunda-feira, Delgado, Jovair, Rosso e André Figueiredo (PDT-CE), este também candidato, pedem que o STF conceda uma liminar para impedir a Mesa Diretora da Câmara de registrar a candidatura de Maia e suspenda a realização da eleição para os cargos de diretoria “até que a Corte se pronuncie definitivamente sobre a questão”. Os autores da ação também pedem que, caso o presidente da Câmara registre candidatura e venha a ser eleito, o STF determine a suspensão de sua posse até uma posição definitiva ser tomada pela Corte sobre a matéria. O principal argumento dos adversários do presidente da Câmara é o artigo 57 da Constituição, que veda a reeleição de presidentes do Legislativo no mesmo mandato. Maia assumiu o “mandato tampão” como presidente da Câmara em 14 de julho de 2016, após afastamento do posto do então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois preso numa das fases da Operação Lava Jato. Derrotado na eleição à presidência da Câmara de 2015, quando Eduardo Cunha foi eleito ainda em primeiro turno, Júlio Delgado anunciou ontem que concorrerá novamente ao cargo. Com a definição do deputado, a disputa chega a cinco candidatos e cresce a possibilidade de a eleição ir ao segundo turno, em razão da pulverização de votos. No anúncio de sua candidatura, o pessebista mineiro ressaltou que sua campanha não tem apoio de seu partido, o PSB, que definiu apoio a Maia. Além do argumento de que a candidatura do democrata à reeleição é inconstitucional, Delgado entende que o fato de o deputado do DEM ter assinado, em 22 de dezembro, um ato definindo o rito da eleição para a Mesa Diretora da Câmara o impede de ser candidato. “Se o presidente da Câmara assinou um ato, dando o rito, a hora e o local da eleição, ele não pode ser candidato. E se ele for candidato, esse ato tem que ser nulo”. Menos de uma semana após anunciar suspensão de sua campanha, o deputado Rogério Rosso anunciou nesta segunda-feira que retomará as atividades. Na última quarta-feira, o líder do PSD tinha anunciado que suspenderia a campanha até que o Supremo julgasse as ações que tentam barrar a candidatura de Maia. Hoje, porém, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, anunciou a pauta de julgamentos do STF, sem incluir nenhum dos quatro processos contra o deputado do DEM. “STF pautou para 4ª? Não. Portanto fico à vontade para continuar campanha”, disse Rosso ontem. 

Netanyahu denuncia novo lançamento de teste de míssil iraniano

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou nesta segunda-feira (30) o novo lançamento de um míssil balístico por parte do Irã e informou que tratará deste assunto com o presidente americano, Donald Trump, no encontro previsto para acontecer em 15 de fevereiro em Washington. "O Irã lançou de novo um míssil balístico", anunciou Netanyahu em sua página no Facebook, o que constitui - segundo ele - "uma flagrante violação da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

Presidente da Argentina assina decreto restringindo imigração


O presidente da Argentina, Mauricio Macri, assinou nesta segunda-feira (30) um decreto que altera a Lei de Migração do país, colocando mais restrições à entrada de estrangeiros. Voltado especialmente a imigrantes com antecedentes penais ou que venham de países com forte presença do narcotráfico (Peru, Paraguai, Bolívia e México), o pacote foi apresentado por Macri usando expressões parecidas às usadas por seu colega norte-americano, Donald Trump. 


"Nossa prioridade é cuidar dos argentinos", "não podemos permitir que o crime siga escolhendo a Argentina como um lugar para vir e delinquir" e "precisamos saber quem é quem entre os que cruzam nossa fronteira", foram algumas das frases com as quais o presidente argentino justificou a necessidade do pacote. O governo federal, porém, não está sozinho nessa decisão, que recebeu apoio de figuras de relevo do peronismo. O líder dos kirchneristas no Senado, Miguel Pichetto, afirmou que o ajuste era necessário porque "a Argentina sempre funcionou como ajuste dos problemas sociais da Bolívia e nas questões de delitos do Peru". Já o peronista anti-kirchnerista e anti-macrista, Sergio Massa, também defende o aumento do controle à entrada de estrangeiros com registros penais. O decreto define um aumento de investimento na infraestrutura das fronteiras. Será reforçado o policiamento e a logística dos locais de entrada ao país, e renovada a tecnologia por meio da qual se possa acessar uma base de dados sobre os imigrantes. "Se um narcotraficante já cumpriu pena em seu país e não tem pedido de captura por parte da Interpol (polícia internacional), hoje não temos como ter acesso a seu prontuário e ele entra normalmente no país", diz o diretor de Migrações, Horacio Garcia. Também haverá mudanças nos questionários a serem respondidos, que devem ser mais exigentes e requerer mais documentação. Uma das principais mudanças, porém, é tornar mais ágil a deportação de imigrantes ilegais. Uma vez dentro do país, segundo o governo, a média de tempo para um processo de expulsão se completar é de 6 a 7 anos. Macri reforçou que esse tempo precisa ser encurtado. Além dessas medidas, se prevê a construção de locais para abrigar imigrantes enquanto sua situação de irregularidade no país é verificada. A Argentina é um dos países da América do Sul com mais ampla tradição migratória. Segundo o último censo nacional, a Argentina possui 4,5% de população estrangeira. Entre os grupos mais representativos estão 30,5% de paraguaios, 19,1% de bolivianos e 8,7% de peruanos. O governo afirma que 21,35% da população carcerária argentina é estrangeira, ainda que nem todos tenham recebido condenação. A Argentina também é recordista com relação à população estrangeira em suas favelas – nas de Buenos Aires, a média de habitantes de países da região é de 60%. São nessas "villas miseria" que funcionam as sedes dos principais cartéis de produção e distribuição de cocaína do país. O comando desses cartéis é em geral exercido por paraguaios, segundo dados oficiais. Os organismos de direitos humanos e algumas vozes independentes da oposição se posicionaram contra o decreto. Para o Cels (Centro de Estudios Legales y Sociales), o texto supõe uma "regressão para os direitos dos imigrantes" ao associar a imigração ao delito e facilitar a propagação de discursos xenófobos. "Estamos nos aproximando das eleições (legislativas, no segundo semestre) e é preciso culpar alguém dos problemas. O imigrante é um bode expiatório fácil por conta de sua vulnerabilidade", diz a peruana Lourdes Rivadeneyra, da Rede Nacional de Migrantes e Refugiados de Argentina, radicada na Argentina há mais de 20 anos. A deputada Margarita Stolbizer (GEN), ex-candidata nas últimas eleições presidenciais, disse que "restrições para pessoas com antecedentes penais pode ser razoável, mas temos de ter cuidado em levantar barreiras discriminatórias num país cuja Constituição garante a abertura à imigração." Já Ricardo Alfonsín, da UCR (União Cívica Radical), considerou "perigoso apelar a esses sentimentos em que se consideram os estrangeiros como um perigo para os locais".

Síria pede que refugiados voltem para casa


O governo sírio pediu nesta segunda-feira aos refugiados sírios que retornem à Síria, sem mencionar diretamente o controverso decreto anti-imigração do presidente americano Donald Trump. O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, “renovou o apelo do governo aos refugiados sírios em países vizinhos para regressar ao país, reafirmando a sua disponibilidade para receber e garantir uma vida digna”. Muallem fez essas declarações em uma reunião em Damasco com Filippo Grandi, alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Até agora, o governo sírio não reagiu às medidas que proíbem temporariamente a entrada nos Estados Unidos dos refugiados – e por período indefinido para os cidadãos da Síria. O decreto também proíbe por um período de 90 dias a entrada nos Estados Unidos de cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Muallem falou um dia depois de uma nova vitória para as tropas do governo, que retomaram a área de Wadi Barada, 15 km a noroeste de Damasco, sob controle rebelde desde 2012. Desde 2011, a guerra na Síria matou 310.000 pessoas e fez milhões de deslocados e refugiados.

Janot vai pedir que Suíça investigue aliado de José Serra

O Ministério Público Federal vai pedir às autoridades suíças que investiguem e bloqueiem no país europeu recursos de Ronaldo Cezar Coelho, ex-deputado que atuou na campanha presidencial do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra, em 2010. O assunto estava na pauta da reunião que ocorreria no dia 20 entre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o chefe do Ministério Público suíço, Michael Lauber. A morte do ministro Teori Zavascki, no dia anterior, adiou o encontro. O objetivo dos procuradores brasileiros com o pedido é tentar identificar eventual irregularidade em pagamentos relacionados à campanha do PSDB. Serra foi citado por funcionários da Odebrecht como destinatário de R$ 23 milhões repassados via caixa 2 para sua campanha presidencial de 2010. Parte desses recursos teria sido transferida por meio de uma conta na Suíça. Ronaldo Cezar Coelho admitiu que recebeu recursos do PSDB em uma conta na Suíça a título de ressarcimento por gastos que teve na campanha, da qual foi coordenador político. De acordo com o advogado, o dinheiro depositado no Exterior foi regularizado pelo empresário por meio do programa de repatriação de ativos, criado no início do ano passado para permitir que donos de recursos não declarados fora do Brasil pudessem informar ao Banco Central sem serem acusados de crimes financeiros. Após pagar as multas e impostos previstos, o ex-deputado, porém, optou por manter os recursos no país europeu, o que é uma das possibilidades admitidas pela lei. Na avaliação do Ministério Público Federal, ao aderir ao programa de repatriação, Ronaldo Cezar Coelho pode ter escapado do crime de sonegação fiscal e evasão de divisas, mas não das suspeitas de lavagem de dinheiro. Por isso, procuradores querem agora que a Suíça abra uma investigação e peça aos bancos envolvidos nas contas do ex-deputado os extratos para avaliar de quem recebeu e, eventualmente, a quem pagou. 

Trump defende política anti-imigração e afirma que Europa vive uma bagunça



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu em sua conta no Twitter que os Estados Unidos precisam de fronteiras fortes e afirmou que Europa e o mundo vivem uma "bagunça horrorosa". A mensagem é uma clara resposta às críticas de líderes da União Europeia sobre a política anti-imigração e à decisão da Justiça Federal americana que impede a deportação de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Irã, Iraque, Líbia, Sudão, Somália e Síria) barrados nos aeroportos dos Estados Unidos. Na sexta-feira, Trump assinou uma ordem executiva que suspende a entrada de refugiados em território americano por pelo menos 120 dias e impõe estritos novos controles durante três meses contra viajantes procedentes de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Síria e Iêmen. Segundo o Departamento de Segurança dos Estados Unidos, 375 pessoas foram afetadas pela medida. Desses, 109 estavam em viagem e foram barrados no aeroporto, enquanto 173 foram impedidos de embarcar pelas companhias aéreas. Houve protestos nos aeroportos. No domingo, o Departamento de Segurança publicou um comunicado oficial para dizer que vai cumprir a decisão da Justiça. No entanto, a ordem executiva de Trump continuará válida, diz o texto. Isso quer dizer que o governo não deportará quem já foi barrado no aeroporto, mas tampouco pretende flexibilizar a restrição à entrada de estrangeiros. "As ordens executivas do presidente Trump continuam válidas -viagens proibidas continuarão proibidas, e o governo americano sustenta o direito de revogar vistos sempre que necessário para a segurança nacional ou segurança pública." O departamento sustenta ainda que a proibição de entrada nos Estados Unidos, no sábado, afetou menos de 1% dos 325 mil passageiros internacionais que chegam aos Estados Unidos todos os dias. "Nenhum estrangeiro em território estrangeiro, sem vínculo com os Estados Unidos, tem o direito de exigir livre entrada nos Estados Unidos ou benefícios de imigração", diz o Departamento de Segurança Nacional. A chanceler alemã Angela Merkel disse ao presidente americano, Donald Trump, que o combate ao terrorismo não é justificativa para proibir refugiados ou pessoas de países de maioria muçulmana de entrar nos Estados Unidos. O teor da conversa entre Merkel e Trump foi divulgado neste domingo pelo porta-voz da chanceler. "Ela está convencida que mesmo que seja necessário, a batalha contra o terrorismo não justifica colocar sob suspeita pessoas de fé ou origem específicas", afirmou o porta-voz Steffen Seibert. Algumas horas antes, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou "discordar" das restrições migratórias impostas por Trump. "A política migratória dos Estados Unidos é um assunto do governo dos Estados Unidos, do mesmo modo que a nossa é determinada por nosso governo. Mas estamos em desacordo com esta forma de encará-la", disse um porta-voz de Downing Street. "Se tiver um impacto para cidadãos do Reino Unido, vamos a intervir ante o governo americano", completou. Respeito ao sofrimento dos refugiados é uma obrigação, e o medo do terrorismo não é um motivo legítimo para recusar abrigo a eles, afirmou neste domingo o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault. A declaração de Ayrault foi feita depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para restringir pessoas de sete países de maioria muçulmana de entrarem nos Estados Unidos. "Aceitar refugiados é um dever de solidariedade", disse Ayrault no Twitter. "O terrorismo não conhece nacionalidade. A discriminação não é resposta." No sábado, o presidente da França, François Hollande, disse a Trump por telefone para respeitar os refugiados. Ele também o alertou sobre suas políticas comerciais, dizendo que uma postura protecionista terá consequências econômicas e políticas. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, recebeu refugiados de guerra mesmo depois que as companhias aéreas canadenses disseram que recusariam passageiros que iriam aos Estados Unidos para cumprir uma proibição de viagem a pessoas de sete países de maioria muçulmana. Em tweets postados um dia depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu o período de quatro meses para permitir a entrada de refugiados nos Estados Unidos e proibiu viajantes de sete países, Trudeau disse que os refugiados são bem-vindos no Canadá. "Para aqueles que fogem da perseguição, do terror e da guerra, os canadenses irão recebê-los, independentemente de sua fé. A diversidade é nossa força #WelcomeToCanada", disse Trudeau no Twitter. O gabinete de Trudeau afirmou que as autoridades dos Estados Unidos confirmam que titulares de passaportes canadenses, incluindo com dupla cidadania dos sete países, não seriam afetados.

Filho de Moreira Franco trabalhou por dez anos na Odebrecht


Ninguém na Odebrecht entendeu a declaração de Moreira Franco chamando a empreiteira de “organização criminosa”. Afinal, além de encontros com executivos da casa, o filho do ministro, Pedro, trabalhou na empresa por dez anos. Teve até um mestrado no Exterior (na London School of Economics and Political Science) pago pela companhia. As delações de Paulo Cesena e Benedito Júnior vão mostrar o quão próximo o ministro era.

Iata diz que ordem de Trump impede a entrada de pilotos e comissários nos Estados Unidos


A proibição de viagens dos Estados Unidos para pessoas com nacionalidade de sete países do Oriente Médio pegou a indústria aérea despreparada, com a tripulação de vôo desses locais também proibida de entrar no país, disse no sábado a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). A Fiscalização de Alfândega e Proteção de Fronteira dos Estados Unidos informou ao grupo que os portadores de passaportes de países como Irã e Iraque, incluindo a tripulação de cabine, serão impedidos de entrar nos Estados Unidos, informou a Iata por e-mail às companhias aéreas membros. O e-mail destaca a confusão das companhias aéreas sobre a situação, bem como o desafio de agenda que algumas tripulações podem enfrentar. As companhias aéreas também podem perder negócios, citando como exemplo os cerca de 35 mil viajantes do Irã que visitaram os Estados Unidos em 2015, de acordo com o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos. "Grande parte desse desenvolvimento ocorreu no fim de semana e em um momento em que a equipe de Facilitação da Iata esteve em viagem de serviço. Infelizmente, nossa resposta foi mais lenta do que gostaríamos", diz o email. "Inúmeras (questões) ainda precisam ser resolvidas". O decreto do presidente Donald Trump proíbe a entrada por 90 dias de viajantes com passaportes do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

É cada vez maior a ameaça da febre amarela no Brasil, já são 47 mortos


O Brasil já soma 120 casos confirmados de febre amarela, incluindo 47 mortes, segundo balanços atualizados do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais de Saúde de Minas Gerais e de São Paulo, divulgados nesta segunda-feira (30). O número representa um aumento de 19% em relação aos últimos dados disponíveis, de sexta-feira (27), que apontavam 101 casos confirmados. Até agora, quatro Estados registram casos suspeitos ou confirmados da doença: Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e São Paulo. Na última semana, Goiás e Distrito Federal chegaram a notificar nove casos suspeitos, mas as ocorrências foram descartadas para febre amarela após exames. Já outro caso suspeito, de um paciente atendido em Santa Catarina e que teria vindo de Mato Grosso do Sul, está em "reavaliação" sobre o local de origem, informa o ministério. Desde o início de dezembro até esta segunda-feira, foram notificados 759 casos suspeitos de febre amarela no País – destes, há ainda 639 em investigação, de acordo com dados nacionais e das secretarias de Saúde de Minas Gerais e São Paulo. Em São Paulo, novos dados divulgados pela secretaria de saúde mostram que subiu para seis o número de mortes confirmadas por febre amarela no Estado. Quatro delas, porém, são de pacientes que adquiriram a doença em Minas Gerais. Há em análise ainda 17 casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela no Estado – apenas quatro são do interior de São Paulo; as demais são de Minas Gerais, Pará e Amazonas. Apesar do forte aumento de casos, todos os registros ainda são de febre amarela silvestre, doença transmitida por um ciclo que envolve macacos e mosquitos presentes nas áreas rurais, como o Haemagogus – que, por sua vez, podem transmitir o vírus a pessoas não vacinadas. Não há registro da versão urbana da doença desde 1942. O surto de 2017 já é o maior da série histórica, divulgada pelo Ministério da Saúde desde 1980. O pico anterior havia ocorrido em 2000, com 85 casos registrados. O avanço recente de casos acendeu um alerta entre autoridades de saúde e levou à adoção de medidas urgentes de controle, como a intensificação da vacinação. Ao todo, já foram enviadas 7,5 milhões de doses extras da vacina para Estados onde há casos suspeitos da doença e áreas próximas. Nos demais, a proteção é indicada em duas doses para pessoas que vivem ou planejam viajar para áreas de recomendação da vacina no País. A imunização não é indicada para gestantes, mulheres que estejam amamentando crianças com até seis meses e pessoas com baixa imunidade (como pacientes em tratamento com quimioterapia, por exemplo). 

Empresa que comprou jatinho Cessna recebeu R$ 75 milhões do governo de Eduardo Campos


Uma das empresas investigadas como financiadora da compra do jatinho Cessna Citation PR-AFA, que transportava o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em agosto de 2014, recebeu R$ 87,5 milhões em contratos com o governo do Estado entre 2010 e 2016, sendo R$ 75 milhões até 2014, durante o governo de Campos. Segundo investigações da Operação Vórtex, deflagrada hoje (31) pela Polícia Federal, a empresa do segmento de equipamentos e construção ganhou vários contratos com o poder público estadual, inclusive alguns financiados com verbas do governo federal. A Vórtex é um desmembramento da Operação Turbulência que investiga a propriedade do avião que transportava o então candidato à Presidência da República e que caiu em Santos, no litoral paulista, matando Campos e mais seis pessoas, em 13 de agosto de 2014, durante a campanha eleitoral. Segundo o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, também chama a atenção a evolução das doações para campanhas eleitorais feitas pela empresa a partidos políticos e candidatos, em especial aqueles apoiados pelo ex-governador Eduardo Campos. “As doações partiram de R$ 30 mil em 2006 para R$ R$ 3,8 milhões em 2014”, disse. A investigação sobre esses contratos e doações começaram após análise de movimentações financeiras das contas de empresas envolvidas na aquisição do avião. Observou-se que quase R$ 160 mil transferidos por uma das empresas investigadas na Operação Turbulência, a Câmara e Vasconcelos Locações e Terraplenagem, haviam sido, na verdade, repassados dois dias antes por uma terceira empresa, que ainda não havia sido alvo da investigação original. A Câmara e Vasconcelos foi uma das compradoras do avião usado por Eduardo Campos na campanha presidencial. Os quatro sócios da empresa alvo da operação de hoje foram conduzidos coercitivamente para depoimento. Segundo Cordeiro, foram apreendidos também muitos documentos, dispositivos de armazenamento de dados e recibos, “inclusive de depósitos que demonstram forte ligação com o que estamos apurando”, disse. As buscas foram feitas nos bairros de Boa Viagem, Pina e Jaboatão dos Guararapes. Os envolvidos nas transações poderão responder pelos crimes de corrupção, direcionamento de licitação e lavagem de dinheiro. 

Piloto de Teori pode ter adotado prática informal de pouso que levou ao desastre, o Plano Mandrake


O vôo que levava o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, pode ter seguido um procedimento não homologado pelas autoridades para pousar em Paraty (RJ) antes de sua queda, no último dia 19. Esse procedimento informal é uma forma de pousar na cidade em dias de mau tempo, de acordo com pilotos. O uso desse procedimento é uma das questões que estão sendo investigadas pelas autoridades aeronáuticas. Segundo Carlos Camacho, piloto aposentado e analista de acidentes aeronáuticos, as indicações até agora são de que a manobra que teria sido feita com o avião, descrita por testemunhas do acidente, condiz com o que está previsto nesse procedimento. "Se o piloto tivesse vindo direto para sua aproximação e pousado, poderia pensar melhor. Mas quando fez uma primeira aproximação e a perdeu, ele estava se enquadrando no procedimento Mandrake", afirmou. Os pilotos que voam em Paraty usam essa carta de aproximação para pousar no aeroporto quando as condições de visibilidade não permitiriam o pouso apenas por visual. O papel tem orientações para pouso "por instrumento" e de como fazer o procedimento em caso de "aproximação perdida" (arremetida). Paraty não opera com qualquer tipo de instrumento, o que faz com que os pousos só possam ser realizados quando o piloto pode ver o aeroporto a cinco quilômetros de distância e 1,5 mil pés (cerca de 450 metros) de altitude. Quando as condições não são essas, os pilotos devem ir para outra pista. Havia chuva e nebulosidade no momento do acidente, mas não está confirmado se o aeroporto tinha condições de pouso. As autoridades apuram ainda qual teria sido o procedimento do piloto. Na carta "Mandrake", os pilotos são orientados a fazer a arremetida em 600 pés de altitude (menos de 200 metros) e a cerca de três quilômetros de distância da pista. Segundo Camacho, as testemunhas apontam que a aeronave estaria em posição ainda mais baixa que a recomendada pelo documento não homologado. Essa também é a informação que circula entre pilotos da região. De acordo o técnico, outro problema é a ausência de copiloto, o que, naquelas condições, não era recomendável. "Com chuva intensa sobre o mar, existe uma condição de espelhamento que confunde o piloto. Com atenção voltada para as partes internas do avião e procurando enxergar a pista, o piloto pode ter descuidado da altitude e quando viu estava entrando na água", disse o técnico, lembrando que o copiloto auxiliaria nesse ponto. Relatos de pilotos que voam na região mostram que procedimentos fora das normas são comuns, também por pressão dos donos de aviões.


Polônia lança arquivo online com nomes de guardas nazistas de Auschwitz


O Instituto para a Memória Nacional da Polônia anunciou nesta segunda-feira (30) a criação de um arquivo online com quase 10 mil nomes e informações sobre comandantes e guardas do antigo campo de concentração nazista de Auschwitz. Segundo o presidente do instituto, Jaroslaw Szarek, esse "é apenas o início de um vasto projeto". 

O banco de dados acessível em inglês, alemão e polonês "é um instrumento para lutar contra as mentiras", acrescentou Szarek ao se referir à expressão "campos poloneses", usada de forma equivocada. A página inclui fotos de alguns dos guardas e informações sobre local e data de nascimento, nacionalidade, nível educacional, patente militar e afiliação partidária. 

O arquivo digital também inclui cerca de 350 sentenças judiciais contra guardas do campo de extermínio, o maior do regime nazista, proferidas depois da Segunda Guerra Mundial.

A lista de nomes foi organizada pelo historiador Aleksander Lasik, que desde 1982 trabalha na identificação de guardas nazistas de Auschwitz, com base em documentos vindos da Alemanha, Áustria, Polônia, Estados Unidos e Rússia. 

"O sistema de justiça mundial falhou e estou fazendo o que um historiador deve fazer: expôr os indivíduos responsáveis como criminosos de guerra", diz. Ao todo, ele reuniu 25 mil nomes de guardas que trabalharam em Auschwitz e em outros campos de concentração. A investigação é, no entanto, limitada, já que na véspera da derrota na Segunda Guerra os alemães queimaram vários documentos. 

"Hoje temos mais informações sobre os prisioneiros do que sobre a Waffen-SS", diz o diretor do Museu de Auschwitz, Piotr Cywinski. O museu convidou alemães e austríacos para relatar as memórias que têm dos soldados da Waffen-SS, com o objetivo de "entender melhor a mentalidade dos executores".
Estima-se que apenas 12% dos guardas de Auschwitz foram julgados. Lasik acredita que cerca de 200 membros da Waffen-SS podem estar vivos e serem levados à Justiça, 70 anos depois do Holocausto. Cerca de 1,1 milhão de pessoas foram mortas pelo regime nazista entre 1940 e 1945 no campo de Auschwitz, na Polônia ocupada. A página do site com os nomes dos guardas nazistas pode ser acessada no link a seguir http://truthaboutcamps.eu/th/zaloga-ss-kl-auschwitz/16816,Zaloga-SS-KL-Auschwitz.html 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Eike Batista tem cabeça raspada e é levado para Bangu, agora é BanguX


Preso pela Polícia Federal nesta segunda-feira após voltar de viagem aos Estados Unidos, o empresário Eike Batista foi transferido do presídio Ary Franco, em Água Santa, zona Norte do Rio de Janeiro, para o presídio Bandeira Stampa, conhecido como Bangu 9, na zona Oeste da cidade. A cela em que o empresário ficará preso tem capacidade para seis presos e é classificada internamente como “cela de faxina”. Isso significa que os detentos saem para trabalhar no presídio durante o dia. A maioria dos presos de Bangu 9 é composta de agentes de segurança detidos por crimes relacionados às milícias que atuam no Rio de Janeiro. Ou seja, por policiais ou ex-policiais. E toda a segurança privada de Eike Batista, seus filhos e a ex-mulher Luma de Oliveira, é feita por policiais. Parte do Complexo Penitenciário de Gericinó, o presídio Bandeira Stampa, tem um déficit de vagas menor que o do Ary Franco. Bangu 9 poderia receber até 992 detentos e conta com 1.865, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), enquanto a unidade prisional na zona Norte tem 968 vagas e 2.129 presos. Antes de ser transferido, Eike Batista teve a cabeça raspada. Ao chegar a Bangu 9, o empresário posou para o retrato do sistema penitenciário fluminense, assim como os outros presos da Operação Calicute, como o ex-governador Sérgio Cabral e a ex-primeira dama Adriana Anselmo, a "Riqueza", de frente e de perfil, diante de uma régua na parede. A prisão do ex-bilionário de pirâmide de papel foi decretada no âmbito da Operação Eficiência, desdobramento da Calicute. As investigações mostram que Eike Batista repassou 16,5 milhões de dólares em propinas para Sérgio Cabral por meio de contas no Exterior. Como o empresário não tem o ensino superior completo, deve ficar em presídio comum. Ele deve prestar depoimento ainda nesta semana.


Investigadores dizem que o empresário pode colaborar mais com as autoridades após ver as condições do presídio em que ficará. A defesa de Eike Batista enviou petição à Justiça Federal em que manifesta preocupação com a integridade física do empresário, caso ele seja colocado em cela comum. Como Eike Batista é pessoa com história e fortuna conhecidas, há preocupação de que ele possa sofrer violência na cadeia. 

Bangu 9 é uma unidade conhecida por ser uma das mais novas do sistema prisional do Rio, mais limpa e menos violenta que a maioria das unidades. Não há no local facções dominantes. Estão misturados presos suspeitos de integrar milícias, policiais que cometeram crimes e alguns traficantes da facção Terceiro Comando. 

Cármen Lúcia homologa delações da Odebrecht e mantém sigilo



A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, homologou na manhã desta segunda-feira (30) as delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht. Com o gesto, os documentos ganham validade jurídica. A partir de agora, as informações relatadas pelos delatores poderão ser usadas pela Procuradoria-Geral da República para aprofundar as investigações — o órgão recebe a documentação ainda nesta segunda-feira. Os procuradores poderão, por exemplo, pedir abertura de inquérito ou mandado de busca e apreensão. Por enquanto, o sigilo das informações será mantido pelo Supremo. A lei que baliza a delação premiada determina que as informações fiquem em sigilo até o oferecimento da denúncia. Cármen Lúcia assumiu a homologação depois da morte do ministro relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, em 19 de janeiro em acidente aéreo em Paraty (RJ). Ainda não se sabe quem assumirá a relatoria do processo. Ministros do STF já esperavam que Cármen Lúcia, que se debruçou no final de semana sobre os documentos, os homologasse até terça-feira (31), quando acaba o recesso do judiciário. Os ministros avaliam que Carmén Lúcia tem respaldo regimental para tanto sobretudo depois do pedido de urgência feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em relação ao caso. A solicitação de Janot abriu espaço para que a decisão ser tomada por ela como plantonista no recesso do Judiciário. A celeridade da ministra incomodou aliados do presidente Michel Temer. Interlocutores do presidente enxergam na "pressa" da ministra mais um sintoma de que ela busca proeminência para se firmar como líder nacional e, dessa forma, busca criar um fato "político", ampliando a ansiedade sobre o tema. A presidente do STF pretende passar a mensagem de que, apesar da morte de Teori, questões mais urgentes da Lava Jato não serão proteladas. Seria também, nas palavras de um membro da corte, uma forma de homenagear o ministro que morreu no acidente aéreo. Teori era membro da 2ª Turma do tribunal. Portanto, a tendência inicial era que o novo relator da Lava Jato fosse escolhido entre seus integrantes. Há, porém, uma corrente dentro do Supremo a favor de um sorteio entre todos os nove ministros, excluindo, neste caso, a presidente Carmén Lúcia. A saída deve ser discutida na quarta-feira (1º), quando os ministros se encontram para uma sessão solene de homenagem ao colega que morreu no dia 19. O Supremo encerrou na sexta-feira (27) a fase de depoimento dos delatores, etapa em que confirmaram que entregaram informações ao Ministério Público Federal por livre e espontânea vontade. As oitivas foram realizadas durante a semana após Carmén Lúcia autorizá-las. As entrevistas haviam sido suspensas logo depois da morte do ministro Teori Zavascki, no dia 19 em um acidente de avião em Paraty (RJ). A delação premiada da Odebrecht é apontada como a mais importante das investigações da Lava Jato. Foram mencionados até agora nas negociações nomes do governo de Michel Temer, incluindo o próprio presidente, os ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula, os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, além de parlamentares, entre eles Renan Calheiros (PMDB-AL), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Romero Jucá (PMDB-RR). Após a homologação da delação, caberá ao novo relator da Lava Jato no STF conduzir, entre outros temas da operação, o caso da Odebrecht. Ele decidirá, por exemplo, sobre eventuais pedidos de abertura de inquéritos contra os citados pela empreiteira. 

Governo tem deficit de R$ 154,2 bilhões em 2016, pior resultado desde 1997


As contas do governo federal tiveram um deficit primário de R$ 154,2 bilhões em 2016, o pior resultado desde 1997, quando começa a série histórica, segundo informou nesta segunda-feira (30) o Tesouro Nacional. O resultado foi R$ 16,3 bilhões menor do que a meta aprovada pelo Congresso para o ano, que era de um rombo de no máximo R$ 170,5 bilhões, e R$ 13,5 bilhões menor do que os R$ 167,7 bilhões que o próprio Tesouro afirmou no mês passado projetar para 2016. Foi o terceiro ano seguido de resultado negativo nas contas do governo federal. Cerca de 20 minutos após a divulgação dos dados, foi exibido para a imprensa um vídeo do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorando o resultado. "O dado foi melhor do que o previsto, pois realizamos um déficit menor que a meta", afirmou. "Conduzimos de forma rigorosa a execução orçamentária e financeira, o que permitiu o pagamento de despesas financeiras de anos anteriores", completou o ministro, que ressaltou que os restos a pagar de anos anteriores foram reduzidos em R$ 37,5 bilhões. Meirelles disse ainda que o teto de gastos aprovado pelo Congresso – que limita as despesas à inflação do ano anterior – permitirá ao País voltar a produzir superávits primários. "O teto de gastos agora vai permitir ao Brasil voltar gradualmente a produzir superávits primários, gerando a economia necessária pra estabilização e redução da dívida pública federal e a necessária confiança na retomada". O rombo do ano passado foi 26,7% maior do que o de 2015, quando o déficit das contas do governo federal totalizou R$ 114,7 bilhões. A Previdência Social teve um deficit de R$ 149,7 bilhões no ano passado, 60,6% maior do que o de 2015, mas bem abaixo da projeção do Tesouro, que esperava um rombo previdenciário de R$ 152,7 bilhões. Somente em dezembro, o resultado negativo totalizou R$ 60,1 bilhões, bem abaixo dos R$ 73,5 bilhões que o Tesouro informou que esperava para o mês passado. Em relação ao último mês de 2015, houve queda de 6,7% no deficit de 6,7%. No mês passado, o rombo da Previdência foi de R$ 6,8 bilhões – em dezembro de 2015, o resultado havia sido positivo, com um superavit de R$ 3 bilhões.

Donald Trump vai anunciar logo o nome para a Suprema Corte

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que anunciará logo o nome que ele escolheu para a Suprema Corte. Ele havia prometido divulgar sua nomeação na quinta-feira (2). "Eu tomei uma decisão sobre quem vou indicar para a Suprema Corte dos Estados Unidos. A nomeação será anunciada ao vivo na terça-feira às 20h (23h em Brasília)", afirmou o republicano no Twitter. 


A indicação de Trump precisa ser aprovada pelo Senado, onde o Partido Republicano tem maioria. A legenda controla 52 dos 100 assentos no Senado, e são necessários 60 votos para aprovar a indicação para a Suprema Corte. Caso a bancada republicana não consiga aprovar mudanças regimentais, diminuindo o número de votos necessários para a aprovação, deverá angariar o apoio de alguns congressistas democratas para validar a indicação de Trump. As disputas em torno da indicação para a Suprema Corte devem criar um clima de batalha política em Washington. Atualmente, a composição do tribunal está dividida entre quatro juízes conservadores e quatro liberais, o que tem provocado empates em votações importantes. O nome indicado por Trump deverá ocupar a vaga do juiz Antonin Scalia, morto em fevereiro do ano passado. O então presidente, o muçulmano comuno-democrata Barack Obama, apontou um nome para substituí-lo, mas a indicação não foi aprovada pelo Senado, controlado pelo Partido Republicano. 

domingo, 29 de janeiro de 2017

A morte da emblemática atriz Emmanuelle Riva, a diva protagonista do ontológico filme "Hiroshima, mon amour"


A atriz francesa Emmanuelle Riva morreu na sexta-feira (27), aos 89 anos, após "uma longa doença", segundo pessoas próximas à artista. Emmanelle Riva ficou famosa mundialmente por protagonizar o filme "Hiroshima, Meu Amor" (1959), do diretor francês Alain Resnais. "Até o fim permaneceu ativa", declarou sua agente, Anne Alvares Correa. O último filme que a atriz participou, "Paris Pieds Nus", de Fiona Gordon e Dominique Abel, deve estrear em março deste ano, afirmou Correa. 


"Emmanuelle Riva era uma mulher comovente, uma artista de rara exigência. Se vai uma voz inesquecível. Uma voz habitada pelo amor das palavras e da poesia", afirmou Frédérique Bredin, presidente do Centro Nacional do Cinema da França. Desde "Hiroshima, Meu Amor" até "Amor" (2012), do diretor austríaco Michael Haneke (último longa já lançado estrelado por Riva), "foi uma das atrizes mais corajosas do cinema francês", destacou Bredin em um comunicado. Por "Amor", Emmanuelle Riva recebeu em 2013 o prêmio César de melhor atriz e também uma indicação ao Oscar. 


"Hiroshima, mon amour" é um filme franco-japonês de 1959, dirigido pelo cineasta Alain Resnais, com roteiro da escritora Marguerite Duras. A história é sobre um relacionamento amoroso entre uma mulher francesa e um japonês. O filme fez uso inovador de flashbacks. É considerado um dos filmes mais importantes da história do cinema. Produziu muita polêmica na época de lançamento por possivelmente ofender descendentes alemães e por esse motivo ele foi tirado da competição oficial do Festival de Cannes em 1959, apenas sendo apresentado e sem poder concorrer a Palma de Ouro como os outros. É um dos grandes ícones do cinema francês e um dos mais famosos e influentes da Nouvelle Vague. O diretor Jean-Luc Godard disse sobre o filme: "O primeiro filme sem nenhuma referência cinematográfica". Outro diretor francês muito importante, Claude Chabrol, comentou sobre o filme de Alain Resnais: "O filme mais belo que eu já vi". O cineasta François Truffaut acrescentou este elogio: "Uma vez que você viu 'Hiroshima mon amour', se torna impossível fazer filmes da mesma maneira que você costumava fazer". O enredo do filme é de atriz francesa casada que passa seu último dia na cidade de Hiroshima terminando sua participação em um filme sobre a paz e o seu relacionamento amoroso com um casado arquiteto japonês, que aos poucos a lembra de um trágico amor que ela teve durante a guerra, com um soldado alemão. O filme analisa a memória, a psicologia, o comportamento dos personagens vivendo em um mundo sem perspectiva e com os traumas que os afligem. 

Solto pela Lava-Jato, Mariano Ferraz frequenta clube de elite


Depois de ser preso na Lava-Jato, o empresário Mariano Marcondes Ferraz está feliz no Rio de Janeiro. Vai com frequência ao Country Club carioca, reduto de endinheirados, para disputar animadas partidas de tênis. Recentemente, chegou para uma partida com quatro raquetes para jogar. Nem o bilionário Jorge Paulo Lemann, também sócio, aparece com tantos apetrechos. A família, aliás, vive ótima fase. A irmã de Mariano, Maria Pia, ganhou um presente incrível de Natal. Seu marido, Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, a agraciou com uma casa no condomínio Jardim Pernambuco. Um imóvel ali não sai por menos de 7 milhões de reais. (O Antagonista)

Justiça suspende obrigação de Samarco, Vale e BHP depositarem R$ 1,2 bilhão


A Justiça Federal suspendeu por tempo indeterminado a decisão que obrigava a mineradora Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton a depositarem R$ 1,2 bilhão como garantia de futuras ações de recuperação e reparação dos danos socioambientais decorrentes da tragédia de Mariana (MG). A decisão ocorre após as mineradores assinarem um Termo de Ajustamento Preliminar com o Ministério Público Federal. O prazo para depósito já havia sido prorrogado algumas vezes. Na última ocasião, a data estabelecida era 19 de janeiro. Em sua decisão, o juiz Mário de Paula Franco informou que a suspensão se deve à "demonstração de atitudes concretas e à postura cooperativa das partes, do Ministério Público Federal e das instituições envolvidas, em buscarem a solução da presente lide". O Termo de Ajustamento Preliminar estabelece que as mineradoras irão contratar especialistas indicados pelo Ministério Público Federal para analisar o andamento dos programas de reparação dos danos da tragédia ambiental de Mariana, considerada a maior do País, que ocorreu em novembro de 2015. No episódio, a barragem de Fundão, pertencente à Samarco, se rompeu e liberou mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Dezenove pessoas morreram. Houve devastação da vegetação nativa, poluição da Bacia do Rio Doce e destruição dos distritos de Bento Rodrigues e de Paracatu, além de outras comunidades. A reparação dos danos foi negociada em um acordo entre a Samarco, a Vale, a BHP, o governo federal e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. O documento estima um investimento de R$ 20 bilhões ao longo de 15 anos. As partes estão levando adiante os programas combinados, mas a Justiça ainda analisa se homologa esse acordo. O Ministério Público Federal contesta os termos. Em uma ação impetrada na Justiça Federal, que tramita paralelamente, o Ministério Público calcula os prejuízos em R$ 155 bilhões. De acordo com o Termo de Ajustamento Preliminar, a análise dos programas de reparação dos danos poderá fundamentar, em junho, um Termo de Ajustamento de Conduta Final (TACF). Se as mineradoras e o Ministério Público Federal chegarem a um consenso, a ação de R$ 155 bilhões poderá ser extinta. O Termo de Ajustamento Preliminar também sugere a substituição do depósito de R$ 1,2 bilhão pela garantia provisória de R$ 2,2 bilhões. Essa garantia seria composta por aplicações financeiras, seguro e bens da Samarco.

Após ordem de Trump, imigrantes com visto são barrados nos Estados Unidos



O decreto do presidente Donald Trump para barrar a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos nos Estados Unidos foi posto em prática imediatamente na noite de sexta-feira. Refugiados e imigrantes a caminho do território americano quando a ordem foi assinada foram barrados ao chegarem no país, neste sábado. O departamento de Segurança Interna confirmou que aqueles que possuem visto de residência, o green card, também estão sujeitos à medida. Cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen estão impedidos de entrar nos Estados Unidos ao menos pelos próximos noventa dias. Refugiados da Síria serão barrados por tempo indeterminado. De acordo com o jornal The New York Times, dois cidadãos do Iraque com visto americano foram detidos ao desembarcarem em Nova York, na sexta-feira. Seus advogados entraram com processo judicial contra Trump e o governo americano, além de um pedido de habeas corpus para libertá-los.  Os advogados afirmaram ao Times que um dos iraquianos, Hameed Khalid Darweesh, trabalhou para o governo americano no Iraque durante 10 anos. O outro, Haider Sameer Abdulkhaleq, estava indo aos Estados Unidos para se reunir com a esposa, que trabalha para uma empresa americana, e seu filho. Oficiais do aeroporto do Cairo, no Egito, informaram também que seis refugiados do Iraque e um do Iêmen foram impedidos de entrarem em um vôo da EgyptAir com direção ao JFK, em Nova York, horas após o anúncio da medida. O grupo estava acompanhado de representantes da agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU). Por causa de acordo entre Egito e Estados Unidos, a lista de passageiros é enviada previamente às autoridades americanas. De acordo com o Comitê Árabe-Americano Anti-Discriminação, pessoas estão preocupadas com “familiares, colegas e amigos” e receberam relatos de estrangeiros que chegaram aos Estados Unidos e foram orientados a retornarem para casa no próximo vôo.

Kiko vai se entregar

Francisco de Assis Neto, o Kiko, foragido da Operação Eficiência, avisou por meio do advogado que vai se entregar. Ele disse que estava de férias nos EUA. (O Antagonista)

Ministério Público Federal consegue recuperar apenas 10% da propina de Eike Batista

O Ministério Público Federal só recuperou 10% dos US$ 16,5 milhões pagos como propina por Eike Batista a Sérgio Cabral (PMDB-RJ) com ações da Vale, da Petrobrás e da Ambev. Ao liquidar os papéis, os procuradores conseguiram meros US$ 1,6 milhão. Os papéis dessas empresas viraram micos. Sérgio Cabral é um corrupto tomador de propina muito incapaz no mercado acionário. 

Eike Batista contratou advogado por indicação de seu filho Thor

A indicação do advogado Fernando Martins para defender Eike Batista na Operação Eficiência partiu de seu filho Thor. Martins é ex-agente da Polícia Federal. Aliás, a segurança de Eike Batista e dos seus filhos era feita por ex-agentes da Polícia Civil e da Polícia Federal. (O Antagonista)

O plano B de Eike Batista, o bilionário da pirâmide papel, virou o plano A

Uma das máximas de Eike Batista era que seus planos B costumavam virar planos A. Foi o que aconteceu, segundo ele dizia, com o estaleiro barrado em Santa Catarina. Instalado no "Superporto" do Açu (o nome era esse mesmo), o estaleiro seria o maior das Américas. Empregaria 10.000 pessoas quando estivesse pronto e 3.500 durante a construção, como diz o comunicado da empresa à CVM. O superestaleiro deveria ter começado a funcionar em 2012. Atualmente, é um mar de ruínas de concreto. O estaleiro da OSX, de Eike Batista, deveria ser originalmente construído na região de Biguaçu, no litoral de Santa Catarina. Em 2010, porém, o ICMBio negou a licença ambiental para o empreendimento. A negativa ocorreu um dia depois da oferta inicial de ações da OSX, operação em que Eike Batista levantou US$ 1,7 bilhão para erguer o estaleiro. O problema apontado pelo órgão ambiental era o risco à vida de cerca de 60 golfinhos que viviam na região. Depois disso, as ações da OSX afundaram. O Rio de Janeiro foi o plano B para o estaleiro de Eike Batista. Foi em março de 2010 que o ICMBio negou a licença ambiental para Eike Batista construir seu estaleiro em Santa Catarina. Em junho, sem conseguir reverter o parecer do ICMBio, Eike Batista deu entrada em um pedido de licenciamento paralelo no Rio de Janeiro. Na época, o grupo já construía o chamado "Complexo do Porto do Açu", que, originalmente, teria um porto, uma siderúrgica e uma termelétrica. Lá, deu tudo certo. Em fevereiro de 2011, a OSX conseguiu a licença prévia para erguer o estaleiro no litoral norte fluminense. (O Antagonista)

A petista Marisa Letícia deve permanecer sedada ainda nos próximos dias



Segundo fontes próximas à família do poderoso chefão da organização criminosa petista e ex-presidente Lula, o quadro clínico de sua mulher, a galega italiana Marisa Letícia, internada no hospital Sírio-Libanês, está melhorando. Ela teria passado a última noite bem, evoluindo, segundo apontam novas tomografias realizadas no hospital Sírio-Libanês, no centro de São Paulo. Contudo, os médicos continuarão com a sedação até a semana que vem. A medida ainda evita stress desnecessário da paciente – o nervosismo poderia reverter, para pior, a situação. Marisa Letícia sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) na última terça-feira (24) e precisou passar por uma cirurgia de emergência para estancar o sangramento. Desde então, ela continua internada na UTI, sob supervisão de equipe de médicos liderada pelo diretor da divisão de cardiologia do Sírio, Roberto Kalil Filho.

Sartori vai conseguir pagar 85% da folha do funcionalismo em dia neste mês

O governo do Rio Grande do Sul, do muito incompetente e inapetente peemedebista José Ivo Sartori, pagará a quase totalidade da folha do funcionalismo gaúcho neste dia 31 de janeiro xará de pagar a totalidade da Folha dos servidores do Executivo no dia 31 de janeiro, terça-feira. A Secretaria da Fazenda já avisou que quitará 84% das matrículas (97% disso são de professores). A Secretaria da Fazenda confirma o pagamento de pelo menos R$ 5 mil líquidos para os servidores do Executivo, no dia 31 de janeiro. A folha de pagamento dos servidores rodou com nove faixas, como tem sido nos últimos meses, mas há dinheiro em caixa para depositar o mínimo de R$ 5 mil, mais a segunda parcela do 13º salário e o terço de férias para mais da metade dos professores. O adicional de férias do magistério custa R$ 90 milhões. A Fazenda vai pagar R$ 55 milhões em janeiro e R$ 35 milhões em fevereiro. Mas, nenhum gaúcho deve se deixar dominar pela euforia. A crise retorna já em fevereiro, quando não haverá receita extra do IPVA.

Exército sírio toma controle de estação de água que abastece Damasco




O exército sírio tomou o controle neste sábado (28) de uma estação de bombeamento vital para o abastecimento de água potável para Damasco, privada do fornecimento há mais de um mês, anunciou a emissora estatal. Após intensos combates que se prolongaram por semanas, as tropas leais ao presidente Bashar al-Assad entraram na estação de bombeamento de Ain al-Fijah, onde se encontra o principal poço de água que abastece a capital, localizado a 15 km a sudeste do cerco. "O Exército içou a bandeira síria sobre a instalação", indicou a emissora sem dar mais detalhes. As tropas do governo lançaram uma ofensiva para expulsar os rebeldes da fonte em 20 de dezembro. Dois dias depois foi cortado o fornecimento de água para a capital. O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, confirmou que, segundo suas fontes no local, dezenas de membros das forças governamentais entraram na instalação de bombeamento. A esquerdopata ONU havia classificado como "crime de guerra" a privação do fornecimento de água potável a qual estavam submetidos os cinco milhões e meio de habitantes de Damasco. A guerra civil na Síria foi provocada pelo muçulmano comuno-democrata Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, que fomentou a maldita "Primavera Árabe" no País, e desatou um conflito, no qual se manteve obliquamente como grande aliado da organização terrorista Estado Islâmico, redundando em grande genocídio. Ao final da história, o ditador Bashar al-Assad está retomando o controle da Síria com o determinado apoio da Russia.

Governo gaúcho retomará na terça-feira os pagamentos da dívida com a União

Embora as negociações com o ministro Henrique Meirelles tenham começado, neste mês de janeiro o governo gaúcho terá que recomeçar a pagar as prestações mensais da dívida que tem com a União. O governo estadual teve meio ano de carência. Na terça-feira, dia 31, prazo fatal, o Estado depositará R$ 15 milhões da dívida com a União, que estava suspensa até dezembro. Não são os R$ 230 milhões contratuais, mas valor ajustado por acordo ainda em negociação. O governo estadual voltará a pagar em parcelas crescentes, até voltar aos R$ 230 milhões, pelo menos enquanto não for fechado o acordo de renegociação. Outros R$ 40 milhões terão de ser repassados em janeiro por conta da reposição do período em que o pagamento esteve suspenso por liminar da Justiça. O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) poderá pagar porque a receita do ICMS foi maior em janeiro e houve reforço das cobranças do IPVA. Até quinta-feira, a arrecadação de IPVA somava R$ 810 milhões.

Prefeito de Canoas já se entendeu com a grande maioria dos vereadores da cidade

Nada de novo acontece na política brasileira. Não seria diferente em Canoas, cidade da grande Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O novo prefeito, Luiz Carlos Busato, de PTB, rapidamente "construiu" sólida maioria na Câmara de Vereadores. O PTB, seu partido, elegeu apenas quatro vereadores. É a maior bancada, junto com o PT, que também tem quatro vereadores, mas está na oposição. O PMDB, aliado de Busato, elegeu dois vereadores. No total, o prefeito tem conseguido o apoio de 15 dos 21 vereadores. Por que será que tantos vereadores dão apoio ao novo prefeito? 


Embora tenha assumido com o caixa arrebentado e esteja sendo obrigado a administrar uma herança maldita de grandes proporções, o novo prefeito de Canoas, o município mais importante da Grande Porto Alegre depois da capital (350 mil habitantes), Luiz Carlos Busato, sentou na mesa com os representantes dos servidores municipais e acertou aumento salarial para toda a categoria. Isto foi um péssimo exemplo. "Serão 1,28% em janeiro e 5% em maio, mas estes já calculados sobre os 1,28% anteriores, o que no total renderá um aumento de 6,32%", disse o novo prefeito, que até dezembro foi deputado federal do PTB e é líder do PTB no Rio Grande do Sul, onde o partido tem Sérgio Zambiasi como seu proprietário. O líder trabalhista venceu uma eleição improvável, derrotando a candidata do ex-petista e candidato presuntivo do PDT ao governo estadual, o petista Jairo Jorge. O orçamento de Canoas vai a R$ 1,6 bilhão por ano. É o quarto maior entre todos os municípios do Rio Grande do Sul. O prefeito quer se apresentar como o campeão de gastos inúteis promovidos pelo petista Jairo Jorge, mas não explica porque mantém os 24 contratos com as empresas Mecanicapina e W. K Borges, cujo proprietário, Claudiar Kras Borges, passou uma temporada no presídio de Osório, recentemente, com hospedagem bancada pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. E mantém esses contratos apesar de as empresas de Claudiar Kras Borges terem participado de fraude eleitoral em novembro, conforme documento por inquérito do Ministério Público Federal. 

Ministro da Saúde anuncia 3 bilhões de reais em créditos para resolver as dívidas dos hospitais filantrópicos


O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), anunciou na manhã de sexta-feira, em Florianópolis, o repasse de R$ 156,7 milhões para a pasta em Santa Catarina e uma linha de crédito para os hospitais filantrópicos de R$ 3 bilhões para o Brasil. A verba anunciada, que chega para dar um fôlego nos hospitais e municípios catarinenses, será distribuída em 55 serviços diferentes entre 35 municípios de Santa Catarina. A linha de crédito promete aliviar as dívidas dos hospitais filantrópicos. Além disso, foram citadas obras do ministério e a entrega de 31 ambulâncias do Samu para a frota do Estado. Para Ricardo Barros, esse recursos, reunidos, vão aliviar a crise na saúde catarinense: "Este ano teremos recursos para apoiar o mutirão de cirurgias que Santa Catarina permanece fazendo. Serão R$ 340 milhões no orçamento para apoiar este processo. Todos os pedidos de Santa Catarina foram atendidos, indistintamente. Haverá, sim, um grande avanço no Estado para a área de saúde. Estamos fazendo o possível diante da situação fiscal que passa o Brasil". 

Cármen Lúcia se reúne com filha de Teori e diretor da Polícia Federal

A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, reuniu-se na sexta-feira (27) com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para tratar das investigações sobre o acidente aéreo que matou o ministro Teori Zavacki na semana passada em Paraty (RJ). No mesmo encontro estava presente a filha do ministro, Liliana Zavascki, e o marido dela. Eles foram a Brasília para acompanhar a entrega dos objetos pessoais que estavam no apartamento funcional ocupado por Teori. A Polícia Federal investiga as causas do acidente e adotou como procedimento periciar os objetos na presença de parentes. Logo após a morte de Teori Zavascki, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Angra dos Reis abriram inquéritos para apurar as causas do acidente aéreo. Relator das investigações da Operação Lava Jato na Suprema Corte, Teori Zavascki morreu na quinta-feira (19), aos 68 anos. Mais quatro pessoas estavam na aeronave que, no momento da queda, próxima à Ilha Rasa, já se preparava para pousar no pequeno aeroporto de Paraty. 

Nova embaixadora dos Estados Unidos na ONU avisa que o país vai mostrar sua força


A nova embaixadora americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, afirmou hoje (27) que os Estados Unidos vão "mostrar sua força", e transmitiu uma advertência clara aos que são contrários às políticas do presidente Donald Trump. As informações são da Agência France Presse. "Para aqueles que não nos apoiam estamos anotando seus nomes", afirmou Haley aos jornalistas na seda da ONU em Nova York. Governadora da Carolina do Sul, a republicana Nikki Haley, de 44 anos e filha de imigrantes indianos, foi a primeira mulher a integrar a equipe do governo de Trump.

Theresa May e Donald Trump querem ampliar cooperação militar e econômica


A primeira-ministra britânica, Theresa May, se reuniu na sexta-feira (27) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no primeiro compromisso internacional do norte-americano na Casa Branca. Em entrevista coletiva após o encontro, Theresa e Trump afirmaram que pretendem ampliar a cooperação econômica e militar entre os dois países, inclusive com a possibilidade de um acordo de comércio bilateral. Segundo Theresa May, os dois líderes conversaram também sobre medidas práticas para combater o Estado Islâmico. Segundo ela, Trump disse estar “100% comprometido” com o Tratado do Atlântico Norte (Otan), apesar de o norte-americano ter criticado o grupo durante sua campanha eleitoral e manifestado intenção de revê-lo. Na quinta-feira (26), a primeira-ministra britânica pediu uma “renovação da relação especial” entre os Estados Uniddos e o Reino Unido durante discurso em reunião com Trump e senadores e congressistas republicanos na Filadélfia. “Estou encantada que o novo governo tenha transformado o acordo comercial entre nossos países em uma de suas prioridades. Esse tratado deve servir para ambos e servir para os interesses mútuos”, afirmou Theresa May. A discussão de um acordo bilateral desagrada a União Européia, que havia pedido que os britânicos encerrassem os detalhes sobre a saída do bloco antes de iniciarem novas negociações comerciais. A imprensa européia e norte-americana já compara a relação de Theresa May e Donald Trump à da primeira-ministra Margaret Thatcher e do presidente republicano Ronald Reagan, na década de 1980.

Contêineres vão alojar presos no presídio destruído de Alcaçuz

Cerca de 1.000 presos da Penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, serão acomodados em contêineres até a desativação completa do presídio, que está completamente destruído. O governo potiguar decidiu alugar 50 contêineres, que serão adaptados para servir de cela. As unidades serão instaladas dentro dos muros de Alcaçuz. Cada uma terá capacidade para alojar 20 detentos, totalizando 1.000 vagas. A medida foi tomada em caráter de emergência, em razão da destruição do presídio. Há muitos anos Videversus prega que sejam montados uma espécie de presídio de campanha, formado por contêineres. Esses acampamentos de prisioneiros podem ser montados em grande rapidez e custam barato. É uma maneira de os Estados gerarem vagas prisionais em grande velocidade, o que é necessário para encarcerar a gigantesca quantidade de bandidos que andam soltos, e aqueles que os juízes soltam por falta de vaga nos presídios. A primeira grande política de segurança no País consiste em prender bandidos; a segunda, em armar a população; a terceiro, liquidar os infames mecanismos de progressões de pena. Bandido tem que penar, tem que pagar por inteiro a pena a que foi condenado. 

Juízes auxiliares do STF concluíram na sexta-feira a fase de depoimentos de delatores da Odebrecht

Os juízes auxiliares do Supremo Tribunal Federal concluíram na sexta-feira (27) a fase de depoimentos complementares dos 77 delatores ligados à empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato. Com a conclusão, as delações estão prontas para serem homologadas. Em razão da morte do ministro Teori Zavaski, relator da Lava Jato no STF, os integrantes da Corte discutem reservadamente, desde o início da semana, a quem cabe fazer a homologação. A homologação poderá ser feita pela presidente Cármen Lúcia, em função do período de recesso na Corte, que termina na quarta-feira (1º). A medida também poderia ser tomada pelo novo relator, que seria sorteado entre os integrantes da Segunda Turma, colegiado integrado por Teori. Um dos últimos depoimentos foi o do empresário Marcelo Odebrecht. Ele prestou depoimento na manhã de sexta-feira (27) na sede da Justiça Federal, em Curitiba. O objetivo foi confirmar se o executivo, que está preso na capital paranaense desde junho de 2015, concordou por vontade própria, e sem ser coagido, em firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal para fornecer detalhes sobre o esquema de corrupção envolvendo a empreiteira Odebrecht e a Petrobras. Outro executivo da empresa também foi ouvido por Marcio Schiefler na sexta-feira. Esta é uma etapa formal do processo para que a delação premiada possa ser homologada, isto é, para que se torne juridicamente válida. O ministro Teori Zavascki, que morreu na queda de um avião na semana passada, era relator da Lava Jato no STF e havia autorizado que seus juízes auxiliares colhessem os depoimentos de confirmação ainda em janeiro, durante o recesso do Judiciário. Os depoimentos haviam cessado após a morte do ministro relator, mas os juízes auxiliares do ministro foram autorizados, na última terça-feira (24), a retomar os procedimentos. A ordem partiu da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, a quem cabe decidir sobre atos urgentes durante o recesso.

Médicos fazem reexame para checar possível infecção no cérebro de Marisa Letícia


O Hospital Sírio Libanês, maior boutique da saúde do Brasil, abriu investigação interna para saber se o material acima foi pirateado por algum profissional do hospital. O jornalista Claudio Tognolli foi quem primeiro divulgou a reprodução. Ele disse que não conseguiu o furo via alguém do Hospital Sírio Libanês, portanto sobrou a suposição de que ele obteve tudo no hospital de São Bernardo do Campo, que foi o primeiro a atender a petista Marisa Letícia. A ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do poderoso chefão da organização criminosa petista e ex-presidente Lula, segue internada em coma induzido na UTI. Ela apresenta quadros clínico, neurológico e tomográfico estáveis, segundo o boletim médico divulgado às 11h50 de sexta-feira. A pressão intracraniana também está sob controle, "com as medidas de suporte intensivo", ressalta a nota. Marisa Letícia passou por mais uma tomografia na manhã de sexta-feira para verificar se houve melhora na infecção que se formou em seu cérebro. Os médicos que acompanham Marisa pediram o novo exame para avaliar se o grau de infecção provocado pela hemorragia cerebral melhorou ou piorou. O médico Roberto Kalil Filho, chefe da junta que atende Marisa Letícia, explicou que a atividade cerebral só chega ao seu pico depois de no mínimo três dias de um trauma como o AVC. Na sexta-feira, quando completou-se o terceiro dia, o médico estava esperançoso de que fosse possível fazer uma melhor avaliação das regiões do cérebro afetadas pela hemorragia.

Bovespa pediu explicações ao Banrisul após ações subirem de 14% em um dia

A especulação sobre a privatização do Banrisul, que ganhou novos contornos na quinta-feira, após uma reportagem do jornal Valor Econômico, fez as ações do banco subirem de mais de 14% em um dia e levou a Bovespa a cobrar uma explicação da instituição. Na manhã de sexta-feira, o Banrisul respondeu à Bolsa de São Paulo com um comunicado em que informou não ter identificado "nenhuma informação que tivesse partido do Banco ou mesmo de seu controlador, o Estado do Rio Grande do Sul, que justificasse tal movimentação". No documento, a instituição afirma que a movimentação atípica se deu mesmo por causa do texto do jornal. De acordo com a reportagem do Valor, fontes do governo federal teriam admitido que "dificilmente o problema do Estado será resolvido sem a venda". Apesar da declaração do ministro, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, negou o interesse do Estado em vender o banco e afirmou que a privatização não é condição para fechar o acordo de socorro financeiro ao Estado. Na noite de quinta-feira, entretanto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a venda do Banrisul estará na mesa de negociação do socorro financeiro do governo federal ao Estado. Ele informou que não vai impor a venda do banco como condição de auxílio, mas a sua federalização ou privatização poderia ampliar as vantagens oferecidas na ajuda. Apesar das reações do governo gaúcho, o valor das ações do banco subiram, fechando o dia com uma variação de 14,21% em relação à quarta-feira. O aumento na cotação das ações BRSR6, do Banrisul, movimentou cerca de R$ 65 milhões. Na sexta-feira, as ações continuaram subindo, chegando a 16,5% por volta das 10h20min.

Putin tem um novo brinquedinho de guerra, o ultramoderno caça Mig-35


A Rússia apresentou nesta sexta-feira seu novo avião símbolo: o caça Mig-35, uma aeronave multifuncional de última geração que, segundo seus construtores, não encontra similares no mundo. O novo avião de combate, que começará a ser produzido em série em 2019, foi exibido à imprensa no aeroporto de Lujovitsi, cerca de 140 quilômetros ao sudeste de Moscou. A aeronave herdou a composição aerodinâmica do Mig-29 — um dos caças mais populares da quarta geração — dotada de tecnologia que a torna indetectável para os radares e que pode levar até sete toneladas de armas. “É uma máquina de combate ótima para conflitos de alta intensidade”, explicou na apresentação Sergei Korotkov, vice-presidente de Inovações da Corporação Aeronáutica Unida da Rússia (OAK). Korotkov destacou que o Mig-35, por suas características, pode usar todo o espectro de armas existentes, inclusive as mais avançadas e aquelas desenvolvidas especialmente para caças pesados. Segundo a fabricante Mig, seu novo caça leve foi concebido e adaptado para os mercados de 30 países, razão pela qual tem grande potencial de exportação. Oficialmente, os voos de teste do novo caça Mig-35 começaram nesta quinta-feira e foram presenciados por meio de videoconferência pelo presidente russo, Vladimir Putin, que aprovou. “É uma máquina realmente única”, disse o chefe do Kremlin após ver o caça no ar. O Mig-35 tem um raio de ação de combate de 1.000 quilômetros, pode desenvolver uma velocidade de até 2,25 Mach (quase 2.800 km/h) e alcançar uma altura máxima de 17.500 metros.

Meirelles ainda não começou a discutir a venda do Banrisul com Sartori


A possibilidade de privatizar o Banrisul não foi comentada na primeira reunião entre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o governador José Ivo Sartori. Na terça-feira, em Brasília, eles iniciaram as tratativas do socorro financeiro ao Estado. A negociação ainda não chegou ao ponto de indicar quais estatais o Piratini colocará à disposição da União para garantir um reforço extra no caixa. A eventual venda do Banrisul foi noticiada pelo jornal Valor Econômico. Mas, a equipe econômica do governo federal não coloca o banco como condicionante para fechar o acordo com o Rio Grande do Sul. O assunto pode aparecer nas próximas semanas, mas não está na mesa. Fontes do Tesouro Nacional garantem que a discussão do socorro está em fase inicial, com a troca de documentos entre as partes. No momento, o Tesouro Nacional faz um pente-fino na situação financeira do Estado. O órgão checa se o déficit apresentado pelo Piratini bate com dados da União e realiza projeções de receitas e despesas. Concluído o diagnóstico, será a vez de formatar o ajuste. Sartori já foi avisado por Meirelles que o tamanho da ajuda será proporcional ao valor de mercado dos ativos que ele pretende repassar à União para privatização posterior. Além do Banrisul, a Corsan desperta interesse em Brasília. Segundo participantes da reunião de terça-feira, o encontro tratou da recuperação fiscal de forma "genérica". Além de Sartori e Meirelles, estavam na mesa o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, e o secretário da Fazenda, Giovani Feltes.  Na conversa, Meirelles fez um relato da negociação do socorro ao Rio de Janeiro, que inclui a venda da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). A estatal e a antecipação de royalties do petróleo garantirão recursos extras ao Rio, além da carência de 36 meses no pagamento da dívida com a União. Sartori, por sua vez, descreveu seu ajuste fiscal, explicou os projetos já aprovados na Assembleia e o que ainda precisa ser votado, como o fim da exigência de plebiscito para privatizar a CRM, Sulgás e CEEE. Ao final da reunião, o governador negou categoricamente, diante dos repórteres, a chance de vender o Banrisul. Sua posição é conhecida no Palácio do Planalto. Entre técnicos da Fazenda, corre a avaliação de que, sem o Banrisul, a ajuda será insuficiente para equilibrar as contas do Piratini. Assessores políticos do governo federal, que acompanham a negociação, não descartam a discussão a fundo da privatização do banco. Apenas a carência no pagamento da dívida não será suficiente para garantir salários de servidores em dia.

Eliseu Padilha quer a Ecosul duplicando a BR 116, sem licitação, por mais tempo de concessão

O ministro Eliseu Padilha disse que o governo federal vai sugerir que a duplicação da BR-116 no Rio Grande do Sul fique a cargo da Empresa Concessionária de Rodovias do Sul (Ecosul), que assumiria a obra em aproximadamente 115 quilômetros, entre Camaquã e Pelotas. Este trecho já é pedagiado, mas a concessionária é responsável apenas pela conservação da pista existente. Segundo Eliseu Padilha, a Ecosul teria, em contrapartida, seu contrato prorrogado por mais alguns anos. Hoje o vínculo, que se iniciou em julho de 1998, tem previsão de término em julho de 2023. "O que o governo vai tentar ver é se a Ecosul, que é a concessionária, não tem interesse na forma dessa nova medida provisória que aí está. Ela pode perfeitamente fazer algum tipo de negociação. Qual é a negociação que interessa ao governo? A duplicação entre Camaquã e Pelotas feita rapidamente. Porque o Dnit fará de Porto Alegre (a duplicação começa em Guaíba) até Camaquã, que não está concedida. Ainda está com o Dnit". Eliseu Padilha destacou que os demais 96 quilômetros, entre Guaíba e Camaquã, ficariam sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O Ministério dos Transportes prepara um novo plano de pedágios para rodovias federais do Rio Grande do Sul. Porém, na atual previsão, este trecho não está incluído. Atualmente, as obras de duplicação da BR-116 já estão 59% concluídas. Porém, não há qualquer ponto novo com circulação de veículos. Há alguns trechos quase prontos que, somados, representariam em torno de 60 quilômetros de pista nova. Eles estão localizados nos lotes 01, 02, 06, 08, e 09. Para 2017, a duplicação tem apenas R$ 61 milhões previstos para investimento. Dos nove trechos de obra, apenas um tem um ritmo considerado adequado de trabalho. É o lote 07, da construtora Sultepa. O motivo é que a empresa ficou um tempo sem realizar obras no local por ter entrado em recuperação judicial. Dessa forma, havia recurso represado, que a empresa está tendo acesso agora. Outros três estão ativos, mas com pouca movimentação: 01, 04 e 08. Os demais lotes estão parados: 02, 03, 05, 06 e 09. Do total de R$ 1 bilhão previsto para a obra, o Dnit já pagou cerca de R$ 614 milhões. Os trabalhos iniciaram-se em datas distintas, com sete meses de diferença entre o lote que começou primeiro — em outubro de 2012 — ao que começou por último — em maio de 2013. A previsão era de que toda a obra fosse concluída em 2015.