sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Petróleo do campo de Libra começa a ser vendido em janeiro de 2018


A comercialização do primeiro óleo produzido no campo de Libra, considerado a maior reserva de petróleo do País, deverá se iniciar no início de janeiro de 2018, quando ocorrerá o primeiro embarque, segundo Fernando Borges, gerente-executivo do projeto. 

Após cerca de um ano de atraso, a produção de Libra foi iniciada no domingo e, portanto, ainda é restrita, com aproximadamente 17,5 mil barris de petróleo por dia. O volume está em alta, e deverá chegar a 40 mil em um prazo de 50 a 60 dias - os embarques poderão ocorrer quando o campo chegar a um nível de produção de cerca de 600 mil barris por dia, diz ele. 

O projeto está em fase de teste, que deve durar cerca de um ano e tem como meta avaliar o comportamento do reservatório. "A receita a ser obtida com a comercialização nessa etapa não é desprezível, e já vem para recuperar parte dos custos passados, mas o maior valor do projeto são as informações sobre o comportamento da jazida, que vão nos dar subsídios para maximizar o fator de recuperação do óleo", disse. 

A capacidade total de produção de Libra, considerada a maior reserva de petróleo do País, ainda não foi definida, afirma Borges. A estimativa inicialmente divulgada pela ANP era de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo. Por enquanto, a única confirmação é a capacidade de produção de 3,3 bilhões de barris de petróleo no campo de Mero - como foi chamada o primeiro campo da área de Libra, na Bacia de Santos. 

O dado foi apresentado pela empresa na quinta-feira (30) à ANP. A região fica na parte noroeste do bloco de Libra, a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, e tem cerca de 320 km² - cerca de 21% da área total de Libra. A expectativa é que o custo de equilíbrio (para que os investidores não tenham nem lucro nem prejuízo) do campo seria de US$ 35,00 por barril, segundo Borges. 

O bloco foi arrematado em 2013 por um consórcio liderado pela Petrobras (com participação de 40%), em parceria com a Shell (20%), a francesa Total (20%) e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%). A área foi a primeira a ser licitada sob o regime de partilha de partilha de produção, o que significa que parte do petróleo extraído ficará com a União. "Vamos continuar os trabalhos exploratórios. Essa área é cerca de um quarto do tamanho original e é onde concentramos os esforços nos últimos quatro anos, com a perfuração de oito poços. No restante da área perfuramos três poços e encontramos uma geologia um pouco diferente. É muita informação para ser processada", disse.

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