segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

No Paraná, 89,1% da famílias estão endividadas



A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio), mostra que 89,1% das famílias paranaenses estiveram endividadas em novembro. A média nacional ficou em 62,2%. Os dados indicam alta no endividamento dos paranaenses tanto em relação a outubro (87,5%), quanto na comparação com novembro de 2016. 

Apesar da alta no percentual de famílias endividadas, a proporção daquelas com dívidas ou contas em atraso diminuiu, passando de 29,1% em outubro para 26,5% em novembro. A parcela de endividados que declara não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, permaneceu estável na variação mensal e ficou em 10%.  No Paraná o endividamento é um pouco maior nas famílias de maior poder aquisitivo, com 89,9%, ante 88,9% entre as famílias de menor renda. 

Entre os consumidores das classes A e B, 13,1% possuem contas em atraso, contra 29,3% nas classes C, D e E. A parcela de famílias que não conseguirão pagar suas contas também é menor entre aqueles com renda acima de 10 salários mínimos (4,8%). Já entre as famílias com renda abaixo desse patamar, 11,1% admitem que não terão condições de pagar seus débitos financeiros.

Pelo fato de terem uma renda maior, nas classes A e B a inadimplência, que é o atraso no pagamento acima de 90 dias também é menor e atinge 18,2% das famílias, ante 48,4% nas classes com renda inferior. A pesquisa mostra ainda que 19,9% das famílias mais abastadas comprometem mais da metade da renda total com dívidas.

O cartão de crédito representou 72,8% dos motivos de endividamento em novembro. Houve uma pequena elevação em comparação ao mês anterior, quando o cartão de crédito representava 69,8% do motivo das dívidas das famílias paranaenses. O cartão de crédito chegou a 84,8% do motivo das dívidas das famílias de maior renda no mês passado. 

O financiamento imobiliário foi um dos indicadores responsáveis pelo aumento no número de famílias endividadas, visto que até o mês de julho essa modalidade de crédito correspondia a 8,3% dos endividamentos e subiu para 8,9% em novembro. Já o financiamento de veículos foi de 8,6%.

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