quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Infraero está usando foguetes para afastar os urubus e risco de derrubada de aviões no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre


Equipes da Infraero têm usado até rojões para afugentar aves de pequeno porte que se aproximam do aeroporto Salgado Filho. Rondas constantes são realizadas pelos funcionários. A partir de um diagnóstico dos locais onde há mais concentração dos animais, as equipes usam os acessos internos do aeroporto, entre pistas, hangares e terminais, para adotar o procedimento. Na cabeceira da pista do Aeroporto Salgado Filho existe um gigantesco lixão já desativado, o Aterro da Zona Norte, que tem mais de 15 milhões de toneladas de lixo acumuladas no local. A Justiça gaúcha já decidiu em processo transitado em julgado que a prefeitura de Porto Alegre precisa dar uma solução final para o tremendo desastre ambiental resultante do aterro, mas nada é feito, nem Justiça cobra, nem Ministério Público, nem ninguém.  

Na relação de aves que mais importunam estão o quero-quero, a marreca e o maçarico, além, é óbvio, dos urubus, que infestam sempre lixões. Eles podem atrapalhar pouso e decolagem de aeronaves, e até derrubar um avião de pequeno, médio ou grande porte. Urubus podem ser sugados para dentro da turbina de um jato comercial e provocar a sua derrubada. 

As novas medidas de segurança passaram a ser adotadas a partir de agosto, quando o contrato de uso de 10 gaviões e falcões foi encerrado. O sistema com as aves vigilantes foi usado por seis anos. A Hayabusa Falcoaria recebia mensalmente um valor aproximado de R$ 50 mil pelos serviços prestados. Apesar do fim do contrato, a Infraero garante que a segurança dos passageiros não está sendo afetada. Uma nova licitação para a volta do sistema de vigilância deve ser lançada nas próximas semanas. Vão deixar as coisas assim até que aconteça uma tragédia anunciada. 

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