Equipes da Infraero têm usado até rojões para afugentar aves de pequeno porte que se aproximam do aeroporto Salgado Filho. Rondas constantes são realizadas pelos funcionários. A partir de um diagnóstico dos locais onde há mais concentração dos animais, as equipes usam os acessos internos do aeroporto, entre pistas, hangares e terminais, para adotar o procedimento. Na cabeceira da pista do Aeroporto Salgado Filho existe um gigantesco lixão já desativado, o Aterro da Zona Norte, que tem mais de 15 milhões de toneladas de lixo acumuladas no local. A Justiça gaúcha já decidiu em processo transitado em julgado que a prefeitura de Porto Alegre precisa dar uma solução final para o tremendo desastre ambiental resultante do aterro, mas nada é feito, nem Justiça cobra, nem Ministério Público, nem ninguém.
Na relação de aves que mais importunam estão o quero-quero, a marreca e o maçarico, além, é óbvio, dos urubus, que infestam sempre lixões. Eles podem atrapalhar pouso e decolagem de aeronaves, e até derrubar um avião de pequeno, médio ou grande porte. Urubus podem ser sugados para dentro da turbina de um jato comercial e provocar a sua derrubada.
As novas medidas de segurança passaram a ser adotadas a partir de agosto, quando o contrato de uso de 10 gaviões e falcões foi encerrado. O sistema com as aves vigilantes foi usado por seis anos. A Hayabusa Falcoaria recebia mensalmente um valor aproximado de R$ 50 mil pelos serviços prestados. Apesar do fim do contrato, a Infraero garante que a segurança dos passageiros não está sendo afetada. Uma nova licitação para a volta do sistema de vigilância deve ser lançada nas próximas semanas. Vão deixar as coisas assim até que aconteça uma tragédia anunciada.
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