sábado, 9 de dezembro de 2017

Empréstimo do governo do Rio de Janeiro para pagar salários será assinado na segunda-feira

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta sexta-feira (8) que a assinatura do empréstimo de R$ 2,9 bilhões com o banco BNP Paribas, que será utilizado para quitar os salários em atraso dos servidores do Estado, deverá ser assinado até segunda-feira (11). O empréstimo faz parte do plano de recuperação fiscal firmado pelo Estado com o governo federal. Segundo Pezão, após mais de um ano de negociações para fechar o plano de recuperação, “sacramentou” com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o acerto que faltava para a assinatura do empréstimo.

Em troca dos R$ 2,9 bilhões, o governo do Rio de Janeiro ofereceu como garantia ao banco até 50% das ações da Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae), que será privatizada. O custo do empréstimo será pago pelo governo do estado depois de três anos. “Para a gente colocar a vida do servidor do Estado em dia, botar este Estado caminhando, andando. Tenho certeza de que nesta próxima semana a gente vai dar esta virada no Estado. E a virada se faz não só com os resultados que estamos tendo em todo o Brasil, importantíssimos, com inflação saindo hoje abaixo de 3%, com o PIB chegando já perto de 1% de crescimento, com a menor taxa de juros na história desse País, com diversos avanços econômicos. Mas a gente tem que voltar os olhos para os empregos”, disse ele.

Durante a cerimônia de entrega da Rodovia do Contorno, que levou 22 anos para ser concluída, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira "Angora" Franco, destacou que a retomada de obras do programa vai permitir a criação de novos empregos. Moreira, que é coordenador-geral do Programa "Agora, é Avançar", avaliou que, embora os níveis de desemprego estejam em queda, o patamar dos que estão fora do mercado de trabalho ainda é elevado e impõe desafios “enormes a serem vencidos”.

“Essas obras significam no Estado do Rio de Janeiro investimentos de mais de R$ 10,5 bilhões, gerando o que é mais importante para nós, de imediato: empregos. A oportunidade das pessoas que tinham seus empregos nessas obras e que elas, paralisadas, perderam os seus empregos. Mais do que isso, vamos poder gerar melhoria da qualidade de vida da população. Então, vamos cumprir com objetivos muito importantes e fundamentais, a geração do emprego e da renda e a melhoria da qualidade de vida da população”, disse.

Para ele, o ambiente econômico mais favorável que o País está atravessando, que devem refletir no crescimento da arrecadação, dará condições ao governo federal para realizar investimentos. Moreira "Angora" Franco também criticou os problemas que surgem e atrasam o andamento de obras em razão da ação dos órgãos de fiscalização. “É como se eles se colocassem acima dos interesses da população. Eles fazem o calendário que querem, eles dão as licenças quando entendem que está na hora que tem que ser dada. Não importa se a obra está paralisada, se a população é prejudicada e se essas dificuldades todas fazem com que o país perca dinheiro”, apontou.

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