quinta-feira, 23 de novembro de 2017

TRF 2 determina a volta de Adriana Ancelmo para a cadeia, a Riqueza vai se encontrar com Sergio Cabral em Benfica

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região determinou hoje (23), por maioria, que a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, a "Riqueza" do ladrão peemedebista Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, também conhecida como "Garota do Leblon", seja transferida para o regime fechado. Atualmente ela cumpre medida cautelar de recolhimento domiciliar em seu apartamento no Leblon, por ter filhos menores de idade. A ex-primeira-dama deverá ser levada para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde está preso seu marido, o ladrão peemedebista ex-governador Sérgio Cabral, e outros políticos do Rio de Janeiro, entre eles os também ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho.


O relator do processo no TRF2, desembargador Marcelo Granado, considerou que Adriana não pensou no bem-estar dos filhos ao incorrer em atitudes criminosas e pediu a decretação de prisão preventiva dela. “Foi a própria mãe que por último pensou no bem-estar físico e psicológico dos filhos”, destacou Granado, ao concluir a leitura de seu voto, que durou uma hora e quarenta minutos. O desembargador Abel Gomes acompanhou o voto do relator e destacou que o uso de tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar como medidas alternativas à prisão estão se generalizando no País.

O desembargador Paulo Espírito Santo também votou pela prisão de Adriana Ancelmo em regime fechado e ressaltou que a ex-primeira-dama já recebeu condenação, em primeira instância, a 18 anos de prisão. A desembargadora Simone Schreiber divergiu do relator argumentando que a ré ainda não havia sido condenada em segundo grau, não vislumbrando requisitos para a prisão preventiva, e destacando que ela tem filhos pequenos. 

O presidente da 1ª Seção do TRF2, desembargador Ivan Athié, também divergiu do relator e destacou a falta de uma mãe na vida dos filhos. “A mãe presa, o pai preso, é muito complicado. A legislação busca proteger as crianças”, disse. 

O advogado Renato de Moraes, que defende Adriana Ancelmo, disse que irá recorrer da decisão do TRF2 no Superior Tribunal de Justiça: “Por norma legal, por ter um filho menor de 12 anos de idade, ela tem direito ao recolhimento domiciliar para cuidar dos filhos”.

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