Após quatro dias foragido, o ex-ministro dos Transportes e presidente do Partido da República (PR) Antonio Carlos Rodrigues se entregou nesta terça-feira à Polícia Federal em Brasília. Ele é o chefe nacional do partido do deputado federal gaúcho Giovani Cherini. Rodrigues era procurado desde o dia 24, quando a Justiça determinou sua prisão pelos crimes de corrupção, extorsão, participação em organização criminosa e falsidade ideológica. O presidente do PR é investigado na mesma ação que resultou na prisão dos ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e Rosinha, ambos do PR.
A prisão do ex-senador tem relação com o depoimento prestado pelo executivo açougueiro bucaneiro Ricardo Saud, da JBS, à Polícia Federal, no qual ele diz ter feito pagamentos ao PR em troca de apoio do partido à chapa da então presidente petista Dilma Rousseff, em 2014. Ou seja, ele se prestou a corrupção eleitoral.
Segundo o executivo bucaneiro do grupo propineiro JBS, o contato era feito por meio do senador e o repasse para o partido, segundo Saud, chegou a 36 milhões de reais. O pagamento foi feito por meio de doação oficial fraudada, uso de notas frias e propina paga em espécie. Saud afirmou na delação que se encontrou com Antonio Carlos Rodrigues “não menos que dez vezes”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário