quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Momento histórico, sauditas visitam a sinagoga de Paris, em um grande aceno de paz e entendimento com Israel



A aproximação entre a Arábia Saudita e Israel, países que sequer mantêm relações diplomáticas, ganhou um capítulo inesperado nesta semana. Dois oficiais do alto escalão saudita visitaram a maior sinagoga de Paris acompanhados do principal rabino da França. A visita, de acordo com um rabino “surpreso” envolvido no episódio, “foi a primeira vez” dos convidados sunitas em um centro judeu. Mohamed al-Issa, ex-ministro da Justiça na Arábia Saudita e atualmente secretário-geral da Liga Muçulmana, organização saudita responsável por propagar a linhagem sunita do Islã pelo mundo, e Khalid bin Mohammed, ex-ministro de Educação do reino e atualmente embaixador do país na França, estiveram na segunda-feira na Grande Sinagoga, localizada na capital francesa. Aos oficiais, rabinos explicaram o significado dos ornamentos no templo e dos textos da Torá. 

Na última quinta, o chefe do Estado-Maior israelense, Gadi Eisenkot, revelou que o país está disposto a cooperar e trocar informações com a Arábia Saudita para “enfrentar o Irã”. “Estamos dispostos a compartilhar nossa experiência e informações dos serviços de inteligência com os países árabes moderados para enfrentar o Irã”, disse o tenente-general Eisenkot.  Dias depois, o ministro israelense Yuval Steinitz revelou no domingo que Israel mantém “relações parcialmente confidenciais com muitos países árabes e muçulmanos”. “Geralmente, não somos nós a parte envergonhada com isso”, disse o oficial, membro do Gabinete de Segurança de Benjamin Netanyahu. “É o outro lado que tem interesse em manter a relação de forma discreta, e respeitamos esse pedido quando os laços estão sendo desenvolvidos, seja com a Arábia Saudita ou com outros países".

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