segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Ex-ministro peemedebista Eduardo Henrique Alves chora e diz que terceiros movimentaram sua conta



O ex-presidente da Câmara e ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) chorou ao depor à Justiça nesta segunda-feira (6) e reafirmou que uma conta na Suíça aberta por ele em 2008 foi movimentada por terceiros sem seu conhecimento. Eduardo Henrique Alves é réu em ação na 10ª Vara Federal em Brasília, acusado de receber US$ 833 mil em 2011 em uma conta em um banco na Suíça. O cara ainda pensa que pode enganar todo mundo com seu lero-lero e umas lágrimas de crocodilo.

O dinheiro, de acordo com o Ministério Público, foi desviado do fundo de investimentos do FGTS, administrado pela Caixa Econômica Federal, o FI FGTS. Além de Eduardo Henrique Alves, são réus na mesma ação o corretor de valores Lúcio Funaro, que se tornou delator, e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) -que também depôs nesta segunda-feira e negou ter recebido propina. É outro anjinho peemedebista. 

"Eu aguardei muito este momento para dizer: esta conta, nunca recebi sequer nenhuma referência, nenhuma extrato, nenhuma correspondência, nem a sua senha", disse Eduardo Henrique Alves ao juiz federal Vallisney Oliveira. "Foi aí, após as investigações, que descobrimos um depósito em um ano, em outro ano. Completamente à minha revelia", afirmou. 

O ex-ministro chorou quando falou de sua família, especialmente de seu pai, e disse que era o único deputado na Câmara eleito pelo Rio Grande do Norte, um Estado pequeno e pouco representado. O juiz pediu que Eduardo Henrique Alves se acalmasse e bebesse água. "Desculpa, é a emoção", respondeu. Em manifestação no processo, a defesa de Eduardo Henrique Alves já havia confirmado que ele abriu a conta no Exterior, mas desistiu de movimentá-la devido a questões burocráticas.

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