quinta-feira, 19 de outubro de 2017

O neocoronel Ciro Gomes, de Sobral, fala sobre Marina Silva e diz que ela tem falta de "testosterona"


Pré-candidato do PDT à Presidência, o neocoronel de Sobral, Ciro Gomes, disse nesta quinta-feira (19), em evento no Rio de Janeiro, que o "momento é muito de testosterona". Ele falava sobre a estratégia política de Marina Silva (Rede), também disposta a se candidatar ao Planalto. "Não tô vendo a Marina com apetite de ser candidata, ou então é uma tática extraordinariamente nova que nunca vi na minha vida pública, que é o negócio de jogar parado", afirmou: "Não vejo ela com energia, e o momento é muito de testosterona. Não elogio isso. É mau para o Brasil, mas é um momento muito agressivo e ela tem uma psicologia avessa a isso. Não sei, eu tô achando que ela não é candidata".

Na última pesquisa Datafolha, divulgada no início de outubro, o neocoronel pedetista registrou 10% das intenções de voto no primeiro turno, caso o PT não tenha um candidato na disputa. Nesse mesmo cenário, Marina Silva lidera: foi apontada como a opção por 22% (com Alckmin) ou 23% (com Doria) dos entrevistados pelo instituto de pesquisa.

Com Lula (35%), Marina Silva fica em terceiro lugar (13%) e Ciro em quinto, com 4% das intenções de voto. Caso sua candidatura se confirme, a eleição de 2018 será a terceira do neocoronel  Ciro Gomes, ex-ministro de Itamar Franco (Fazenda) e de Lula (Integração Nacional) e ex-governador do Ceará (1991-1994).

Suas declarações em campanhas renderam ao pedetista a fama de que tem "língua solta". Em 2002, então casado com a atriz Patrícia Pillar, foi questionado qual era a importância da atriz em sua campanha. Respondeu que ela tinha "um dos papéis mais importantes, que é dormir comigo". A assessoria de Ciro Gomes afirmou que não iria comentar as declarações desta quinta-feira (19), quando participava de um almoço com empresários na Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). No evento, também criticou Aécio Neves, que chamou de "cadáver político", e Jair Bolsonaro, também pré-candidato à Presidência. 

Na segunda-feira (16), em uma palestra a estudantes em São Paulo, o ex-governador cearense afirmou que a sua fama de fazer declarações fortes seria uma tentativa de desqualificá-lo porque, segundo afirmou, não é investigado por ter praticado corrupção.

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