segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Fundo de empresários quer eleger 100 deputados federais em 2018

Um grupo de empresários, liderado por Eduardo Mufarrej, sócio da Tarpon Investimentos e presidente da Somos Educação S.A., vai anunciar nesta semana a criação de um tipo de “Fundo Cívico”. A idéia é proporcionar "bolsas de estudo" para pessoas interessadas em se candidatar ao Legislativo nas eleições de 2018. Além de Mufarrej, fazem parte desse grupo (como coordenadores ou investidores) figuras como o publicitário baiano Nizan Guanaes (marqueteiro e estrategista do grupo propineiro Odebrecht), o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga (do Fundo Gávea, que já tem o controle do grupo de comunicação gaúcho RBS), o empresário Abílio Diniz (grande financiador do PT, realizador de jantares para Lula, sob encomenda de Antonio Palocci, e a socialite petista Marta Suplicy) e o apresentador de TV, Luciano Huck.

A decisão destes empresários deve conduzir a movimentos de criação de outros fundos, o que na prática visa contornar a legislação eleitoral, que proíbe doações de empresas a candidatos. A intenção do grupo seria a de tentar eleger de 70 a 100 deputados federais na próxima eleição. 

Fica muito clara a situação dos grandes capitalistas brasileiros, comandantes do capitalismo pára-estatal nacional, que só sabe viver associado ao Estado. Esses capitalistas e investidores acreditaram no PT e Lula porque sabiam com quem estavam trabalhando. Os capitalistas sempre souberam do comportamento corrupto do PT e suas lideranças desde o movimento sindical do ABC paulista, na década de 70. Sabiam que podiam contar com Lula, e contaram. Estes capitalistas e investidores, rentistas, só se afastaram de Lula e do PT quando compreenderam, tardiamente, que a organização criminosa petista tinha o projeto de destruir a economia e toda institucionalidade jurídica do País para se apossar do Estado. Então se afastaram do PT e do petismo, embora sejam dominados pelo pensamente esquerdista. Agora querem alcançar o exercício do poder sem intermediação, direto por sua representação política. É como fazer um partido político, com a maior bancada do Congresso, sem ter um partido propriamente dito. Os capitalistas vão jogar muito dinheiro nisso. 

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