domingo, 17 de setembro de 2017

Justiça nega habeas corpus e mantém Joesley e Wesley na cadeia



O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em São Paulo, negou na sexta-feira o pedido de habeas corpus para libertar os irmãos Joesley e Wesley Batista da prisão. Os empresários, proprietários da holding J&F, que controla a JBS, foram alvo de mandados de prisão preventiva da Justiça Federal de São Paulo sob a acusação de insider trading, definição para o uso de informações privilegiadas com o intuito de conseguir lucro no mercado financeiro.

A decisão foi proferida pela juíza Tais Ferracini, que substitui o desembargador federal Mauricio Kato na 5ª Turma. Segundo as investigações do Ministério Público Federal, os executivos teriam se beneficiado do fato de estarem negociando um acordo de delação premiada para obter lucros com a comercialização de ações da empresa e dólares.

O advogado Pierpaolo Bottini, que defende os irmãos Batista, afirmou que recorreria ainda na sexta-feira ao Superior Tribunal de Justiça: “A própria decisão reconhece a ausência de fato novo apto a justificar a prisão. A inexistência de qualquer outro preso preventivo no Brasil pela acusação de insider trading revela uma excepcionalidade no mínimo curiosa".

Wesley está preso em São Paulo desde a quarta-feira, quando foi deflagrada a Operação Tendão de Aquiles. Já Joesley chegou à capital paulista na sexta-feira para participar de uma audiência de custódia com o juiz federal João Batista Gonçalves. Ele é alvo de outro mandado de prisão preventiva, autorizado pelo ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, sob a acusação de obstrução à Justiça, no âmbito da Operação Lava Jato.

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