domingo, 10 de setembro de 2017

Fachin decreta a prisão do açougueiro bucaneiro Joesley Batista, do seu cúmplice Ricardo Saud e do ex-procurador Marcelo Miller; Polícia Federal já na caça do trio


O ministro Luiz Edson Fachin, relator do processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, decretou a prisão do açougueiro bucaneiro Joesley Batista, de seu cúmplice e executivo Ricardo Saud, e do ex-procurador federal Marcelo Miller. A decisão saiu na noite deste sábado, em Brasília. A Polícia Federal já recebeu as ordens de prisões temporárias dos três, requeridas pela Procuradoria Geral da República, e está na caça do trio. O procurador geral da República, Rodrigo Janot, requereu a prisão dos três por O Antagonista apurou que Rodrigo Janot pediu a prisão temporária de Joesley Batista porque ele admitiu, no depoimento de quinta-feira, que possui outras gravações. O açougueiro bucaneiro Joesley Batista alegou que não houve má-fé e entregaria os áudios inéditos dentro do novo prazo de 60 dias concedido por Luiz Edson Fachin. A explicação fajuta não convenceu o procurador federal Janot. O ministro Fachin também decretou as prisões temporárias porque o executivo do grupo JBS, diretor de relações institucionais, Ricardo Saud, revelou que montou os anexos da delação premiada com o ex-procurador federal Marcelo Miller. Janot tem dito a interlocutores pessoais que se sente traído por Miller, pois alega que não sabia da atuação do procurador na condução do acordo de colaboração. Mas isso ainda é muito suspeito. Além disso, a revelação de Saud indica que houve seletividade na apresentação dos crimes cometidos por Joesley e sua turma. (OA)

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